Museu Casa de José Américo reabre em João Pessoa

Após oito meses fechado para revitalização, o Museu Casa de José Américo reabre suas portas, com uma infraestrutura renovada e serviços ampliados para melhor atender a visitantes, pesquisadores e ao público em geral. Para isso, foi elaborada uma vasta programação, que se estenderá por todo o dia nesta segunda-feira (25), culminando com a reabertura pelo governador João Azevêdo (PSB), às 18h.

Situado na orla da Praia do Cabo Branco, na Fundação Casa de José Américo, na capital paraibana, o museu passou por serviços de restauração de pisos de madeira e granite, esquadrias de madeira e basculantes de ferro, coberta com recuperação de madeiramento, calhas e retelhamento.

Nas áreas externas houve revitalização do paisagismo em toda área da FCJA, com nova iluminação, sistema de irrigação e placas de identificação das espécies da flora, conforme detalha o arquiteto Gilberto Guedes, informando que a obra foi planejada e administrada pela Superintendência de Obras do Plano de Desenvolvimento do Estado (Suplan) e, na execução, a Construtora Instec – Instalações Técnicas Ltda., sob a responsabilidade técnica do engenheiro José Américo Marcelino.

Durante o período das obras, o visitante não foi prejudicado pelo acesso às potencialidades do museu. Foi montada a exposição ‘José Américo em Trânsito’, no salão anexo ao auditório da FCJA, com parte dos principais mobiliários do museu.

A programação geral na segunda-feira terá início às 9h, com a abertura da exposição das rendeiras dos cursos de filet e bilro. Às 14h, acontecerá a solenidade de entrega dos certificados dos cursos e assinatura de novo convênio, com a presença da secretária Pollyana Dutra, da Secretaria do Desenvolvimento Humano (Sedh). Às 16h, lançamento do livro ‘A Integração dos Brasis’, do professor Jivago Correia Barbosa. Às 17h, apresentação cultural do Quarteto de Cordas do Prima (Programa de Inclusão Através da Música e das Artes). Por fim, a reabertura do museu, às 18h, pelo governador João Azevêdo.

Museu Casa

Foi nesta casa em que funciona o museu onde José Américo viveu expressiva parte de sua vida. A morada foi transformada em museu, preservando sua originalidade, guardando as mesmas características de quando ele nela residia. Abriga mobiliário original da época, obras de arte, objetos de uso pessoal, comendas, assim como a biblioteca e o arquivo fotográfico.

Dentre os atrativos do local, uma estátua de corpo inteiro de José Américo veste o fardão, empunhando a espada da Academia Brasileira de Letras (ABL).

O terraço conta com as mesmas cadeiras, com as quais José Américo recebia amigos, intelectuais, jornalistas, populares e autoridades.

A gerente executiva do Museu Casa de José Américo, Janete Lins Rodriguez, considera que o “mundo de José Américo” vai além do museu, abrangendo toda a instituição e adjacências que circundam o prédio geral, como a Mata Atlântica, o mar e todo contexto que abrangia o entorno que a visão do escritor alcançava.

Outro espaço que atrai os olhares da instituição é o monumento que guarda os restos mortais de José Américo de Almeida e de sua esposa, dona Alice. O Mausoléu de José Américo é um dos cartões de visita e ponto alto que atrai a atenção dos visitantes. O projeto de autoria do arquiteto indiano Bahram Khorranchachi está instalado na área do pomar da residência, onde, segundo sua ex-secretária particular, Maria de Lourdes Luna, José Américo sempre manifestava o desejo de ser sepultado, onde vivia colhendo frutos.