Crueldade: mulher acusada por suposto adultério é condenada a morrer trancada em uma caixa

Publicado em: 23/12/2020 às 21:10
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Em julho de 1913, o banqueiro francês Albert Kahn registrou uma das cenas mais cruéis e perturbadoras da história. Considerado o pioneiro de fotografias coloridas – processo inventado pelos irmãos Lumière – o homem tirou uma foto de uma mulher mongol sendo torturada.

No ano do fatídico episódio, Kahn estava viajando pelo mundo e conhecendo países que para ele eram considerados “exóticos”. No entanto, durante sua estadia na Mongólia, o banqueiro registrou uma das cenas mais chocantes da humanidade.

Enquanto fotografava uma região remota do deserto, o milionário avistou uma caixa abandonada. Ao se aproximar, o fotógrafo se deparou com uma mulher presa no intrigante objeto. Contudo, o homem foi impedido de ajudá-la, pois isso poderia ferir códigos que determinavam que um indivíduo de uma outra cultura não devia interferir diretamente no sistema de leis de outros países.

Sem poder fazer nada para salvá-la, Kahn foi obrigado a deixá-la sozinha no deserto enquanto a mulher ansiava pela morte. Já em 1922, a imagem do fotógrafo foi publicada pelo National Geographic com a legenda: Prisioneira da Mongólia em uma caixa.

Na época, a fotografia viralizou no mundo e muitos editores de revistas presumiram que a mulher foi condenada à morte como punição por suposto adultério. No entanto, sabe-se que a vítima foi abandonada no deserto para morrer de fome, frio e sede, por meio de um processo lento e doloroso.

Os métodos de tortura

Durante o período do Império Romano, prisioneiros eram submetidos ao método de tortura que ficou conhecido como “emparedamento”. Tal prática consistia em colocar o condenado dentro de um espaço lacrado e sem saídas, que o impossibilitava de se sentar ereto ou de se deitar. Já quando era usado para execução, o indivíduo era aprisionado em caixas ou caixões, onde morria de fome e desidratação.

Já na Mongólia, esse método foi utilizado até o início do século 20. No entanto, mesmo que algumas pessoas fossem proibidas de receber alimentos – como no caso da mulher da foto em questão –, elas poderiam clamar por comida. Entretanto, os prisioneiros muitas vezes agonizavam durante dias até morrerem.

Na Europa, há outros relatos de descobertas de cadáveres que foram mortos dessa forma durante períodos que remontam a Idade Média. Ao longo dos anos, os pesquisadores encontraram, ainda, uma série de canções folclóricas que mencionam tais métodos de tortura medieval.



Fonte: Espaço PB com Aventuras na História (Victória Gearini) – Foto: Albert Kahn – contato@espacopb.com.br

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