Zezé Motta será homenageada no Fest Aruanda, em João Pessoa

A atriz e cantora Zezé Motta será homenageada na edição 2022 do Festival Aruanda do Audiovisual Brasileiro (Fest Aruanda), na capital paraibana, com a exibição do filme 'Xica da Silva', dirigido por Cacá Diegues. Ela receberá o Troféu Aruanda, por meio do diretor executivo Lúcio Vilar, que irá homenageá-la em reconhecimento por sua carreira de mais de cinco décadas de atuação no teatro, no cinema e na televisão.

O Fest Aruanda é um tradicional festival de cinema brasileiro realizado anualmente no município de João Pessoa. Esta 17ª edição do festival será realizada no período de 1º a 7 de dezembro no Cinépolis do Manaíra Shopping, com entrada franca.

Maria José Motta de Oliveira, a Zezé Motta, está com 78 anos. Ela nasceu em Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro, em 27 de junho de 1944. Considerada uma das maiores artistas do país, Zezé Motta é uma expoente da cultura afro-brasileira.

Já ganhou inúmeros prêmios, incluindo um Troféu Candango pelo Festival de Brasília, e um Prêmio Air France, além de ter recebido indicações para três prêmios Grande Otelo e um Prêmio Guarani. Em 2019, ela recebeu um Grande Otelo Honorário.

Prolífica no teatro desde o final da década de 1960, Zezé fez sua estreia profissional na peça ‘Roda Viva’, de Chico Buarque. Logo foi reconhecida por seu talento e por sua potência vocal, seguindo também uma carreira profissional como cantora. Em 1968 estreou na televisão com um papel coadjuvante, na novela da TV Tupi, ‘Beto Rockfeller’. Depois passou a integrar o elenco de diversas produções na tevê.

Tendo aparecido em pequenos papéis no cinema e na televisão no início de sua carreira, Zezé Motta recebeu ampla atenção e aclamação da crítica por sua atuação como Chica da Silva no filme ‘Xica da Silva’, em 1976. Ela recebeu os principais prêmios do cinema brasileiro por esse trabalho, incluindo o Prêmio Air France, o Prêmio Coruja de Ouro, o Prêmio Governador do Estado e o prêmio de Melhor Atriz no Festival de Cinema de Brasília.

Com sua personagem Sônia Rangel na novela do horário nobre da TV Globo ‘Corpo a Corpo’, em 1984, ela ganhou seu primeiro grande destaque na televisão. Na trama, ela vivia par romântico com um homem branco, fato esse que não foi aceito pelo público à época e a atriz sofreu ataques racistas e ameaças durante a exibição. Em 2007 foi agraciada com o Troféu Oscarito, pelo Festival de Gramado, prêmio destinado aos maiores contribuintes do cinema nacional.