Violência doméstica é tema de exposição fotográfica que marca os 17 anos de centro de mulheres na Paraíba

Publicado em: 01/06/2021 às 20:45
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Em mundo dominado pelo aparato tecnológico e pelo poder das imagens, a fotografia deixou de ser um produto ou resultado apenas de profissionais. Praticamente, todos os usuários das redes sociais passaram a usar câmeras de celular para registrar seu cotidiano, compartilhar informações ou denunciar violações de direitos.

Esse último motivo une os usuários das redes à educadora Íris de Lima Silva, do Serviço Pastoral dos Migrantes do Nordeste (SPM-NE), e às mulheres do Conjunto Mário Andreazza, no município de Bayeux, na Região Metropolitana de João Pessoa, para celebrar os 17 anos do Centro de Mulheres Jardim da Esperança, com a exposição fotográfica ‘O silêncio que fere’, que ficará aberta à visitação até esta sexta-feira (4), sempre a partir das 14h, na sede da entidade, localizada na Comercial Norte, em Bayeux.

O olhar das mulheres sobre si próprias e a violência que enfrentaram deram o tom para a exposição ‘O silêncio que fere’, com fotos da educadora Íris de Lima Silva. Ao todo são 25 fotos que traduzem pelas lentes de Íris de Lima a interpretação que as mulheres fazem sobre a violência.

“A ideia foi registrar a percepção das mulheres sobre a violência doméstica. Produzimos as fotos conversando com cada uma das mulheres, tentando extrair ao máximo os sentimentos delas. Sentamos e discutimos com o Centro as que mais se aproximavam desse universo vivenciado pelas mulheres. Tivemos a preocupação de produzir fotos também que se distanciavam da violência para revelar a fase da superação e do fortalecimento da autoestima”, disse Íris.

A ideia surgiu porque todo mês de maio se fazia programação em homenagem às mulheres, no entanto, diante da pandemia, surgiu a ideia de registrar vários momentos delas e transformar em uma exposição, segundo Maria Jucelina Lima, integrante da coordenação do Centro de Mulheres Jardim da Esperança.

“Foi uma experiência muito renovadora não só para o Centro, como para o SPM. A gente foi sentindo a alegria daquelas mulheres. Em seguida, elas faziam fotos soltas, felizes. Chegaram tímidas e na hora das fotos sentia um novo olhar, um despertar, quebrando o círculo da violência. Várias se doaram para fazer essas fotos”, destacou.

O projeto também integra cerca de 150 fotografias dessas mesmas mulheres após quebrarem o ciclo da violência como um exemplo para outras mulheres sobre a força da rede de acolhimento, orientação e encaminhamento dos casos de violência que constituem as políticas públicas de enfrentamento à violência contra as mulheres e a superação conquistada por parte de várias delas.

Direitos humanos

Realizada pelo Centro de Mulheres Jardim Esperança e pelo Serviço Pastoral dos Migrantes do Nordeste (SPM-NE), a exposição integra as ações do ‘Comunidade Mais Segura’, vinculado ao Projeto de Redução da Violência que tem foco no protagonismo das pessoas, no combate às diversas formas de violência, na defesa dos direitos humanos e na formulação de propostas de políticas públicas que resultem na plenitude da cidadania.

A exposição conta com o apoio do Ministério Público da Paraíba (MPPB), por meio da Promotoria de Justiça em Bayeux, da Secretaria Municipal da Mulher, da Unidade de Polícia Solidária da Polícia Militar da Paraíba e da Rede Carolinas.

O Centro de Mulheres Jardim da Esperança fica localizado à Rua Gilvan Noberto da Silva, 420, Comercial Norte, em Bayeux. Contatos para mais informações: (83) 98710-6948, com Maria Jucelina Lima; e (83) 98610-6593, com Irís de Lima.



Fonte: Espaço PB com Assessoria – Foto: Íris de Lima – Contato: jorgerezende.imprensa@gmail.com

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