Testes do primeiro calçado repelente de mosquitos registrado na Anvisa são realizados na Paraíba

Publicado em: 25/05/2021 às 11:10
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Parceria firmada entre a Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e uma empresa calçadista de São Paulo possibilitou o desenvolvimento do primeiro calçado repelente registrado no Brasil. A colaboração da UFPB se deu, sobretudo, na realização de testes pelo Laboratório de Biotecnologia Aplicada a Parasitas e Vetores do Centro de Biotecnologia (Lapavet/Cbiotec) da UFPB.

A pesquisadora da UFPB, cuja participação foi preponderante para o desenvolvimento do calçado repelente, é a professora Fabíola Cruz, do Departamento de Biologia Celular e Molecular da UFPB. A docente também foi responsável pela descoberta de um inseticida desenvolvido na UFPB à base de sisal – planta cultivada em regiões semiáridas –, contra o Aedes aegypti, mosquito que transmite a dengue. O invento está em fase de negociação com duas empresas com experiência na produção de produtos químicos e inseticidas, uma de São Paulo (SP) e outra de Curitiba (PR), para transferência da tecnologia.

Em função da repercussão desse invento produzido a partir do sisal, a Fabíola Cruz foi convidada a colaborar no projeto de uma das maiores empresas de calçados infantis do Brasil, a Kidy.

“Após a grande repercussão na mídia do inseticida a base de sisal, os diretores da empresa calçadista me procuraram para ajudá-los no projeto arrojado para desenvolver o primeiro calçado repelente com registro na Anvisa”, contou a pesquisadora, que trabalhou em conjunto com dois discentes da UFPB, Hyago Luiz Rique, graduando em Biotecnologia, e Louise Helena Guimarães de Oliveira, mestranda em Biotecnologia.

Conforme Fabíola, a empresa já tinha iniciado o projeto, mas estava com dificuldades em avançar e concluir o trabalho. Eles tinham um dispositivo que era uma pastilha de silicone impregnada com óleos essenciais de plantas aromáticas sem toxicidade, mas necessitavam de um direcionamento para desenvolver o produto.

“Então aceitei o desafio e realizamos na UFPB inúmeros testes de repelência com o produto e mosquitos Aedes aegypti. Nós testamos baseados na metodologia da Organização Mundial de Saúde (OMS) para testes de repelência. Todos os testes foram aprovados pelo comitê de ética. A empresa conseguiu registrar na Anvisa e, em maio deste ano, o sapato foi finalmente lançado no mercado para as empresas”, contou a professora.



Fonte: Espaço PB com Ascom-UFPB (Aline Lins) – Foto: Divulgação – Contato: jorgerezende.imprensa@gmail.com

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