Sandra Marrocos enaltece coerência do governador da Paraíba e Eliza Virgínia defende intervenções de Bolsonaro nas universidades

As vereadoras Sandra Marrocos (PT) – na foto – e Eliza Virgínia (Progressistas) divergiram a respeito da nomeação de Valdiney Gouveia na Reitoria da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), em novembro deste ano. As parlamentares usaram a tribuna da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) para o embate na sessão da última quinta-feira (17).

Sandra Marrocos comentou o ‘Voto de Aplauso’ de sua autoria ao governador da Paraíba, João Azevedo (Cidadania), aprovado na sessão plenária do último dia 16, pela nomeação das professoras Célia Regina Diniz e Ivonildes da Silva Fonseca para a Reitoria da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). Elas foram as candidatas que encabeçaram a lista tríplice resultante da consulta feita junto à comunidade universitária. A vereadora fez contraponto com a nomeação feita para a Reitoria da UFPB, que ocupou o terceiro lugar na consulta da instituição.

“João Azevedo merece o ‘Voto de Aplauso’ pela atitude política de respeitar a vontade da comunidade acadêmica e a autonomia da UEPB. Diferente da Universidade Federal, que sofre uma intervenção deste desgoverno que, sem nenhum respeito, nomeou o professor Valdiney, que teve 5% dos votos na consulta”, enfatizou Sandra Marrocos, afirmando que a escolha foi um tipo de golpe.

Eliza Virgínia rebateu o pronunciamento de Sandra Marrocos afirmando que a nomeação do interventor foi totalmente dentro da lei. “Quem tem que respeitar a autonomia são as pessoas que não querem que o professor Valdiney assuma. Não entendo como podem chamar de golpista uma pessoa que foi votada, 5% dos votos são votos, 10% são votos, 40% são votos. Quem tem que respeitar a autonomia do presidente Jair Bolsonaro são as pessoas que estão fazendo balbúrdia, se acorrentando e fazendo aglomeração na reitoria, em protestos”, destacou a vereadora, detalhando os dispositivos legais que amparam a nomeação do professor.

A parlamentar progressista ainda defendeu a presença das Polícias Civil e Militar dentro da UFPB e a volta das aulas presenciais na instituição, mesmo em meio ao recrudescimento da pandemina do novo coronavírus, que causa a covid-19 e já provocou milhares de mortes na Paraíba.