Projeto Comprova, do jornal Correio Braziliense, desmente fake news contra governo da Paraíba

Publicado em: 20/11/2021 às 22:20
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É enganosa a postagem indicando que o governo da Paraíba teria gastado R$ 28,8 milhões para comprar três mil máscaras de proteção contra a covid-19 em processo de licitação, o equivalente a R$ 9,6 mil a unidade. O valor é resultado de um erro de digitação, reconhecido pela administração estadual. No Portal da Transparência, o gasto está corrigido: R$ 9,6 mil é o valor global do contrato. O valor unitário de cada máscara foi de R$ 3,20. O desmentido é do Projeto Comprova, publicado pelo jornal Correio Braziliense.

Publicações no Twitter enganam ao afirmar que o governador da Paraíba, João Azevêdo (Cidadania) teria desembolsado os R$ 28,8 milhões. Um dos autores dessas publicações nas redes sociais é o deputado estadual Cabo Gilberto (PSL), alinhado ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e que teria pretensão de se candidatar em 2022 para comandar o Poder Executivo paraibano.

O valor de R$ 28,8 milhões havia sido divulgado de forma equivocada pelo próprio governo no Portal da Transparência por um erro de digitação, segundo informações da Controladoria Geral do Estado (CGE). A correção foi feita no dia 13 de novembro e divulgada em redes sociais do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) da Paraíba, órgão para o qual foram adquiridas as máscaras.

Ainda assim, a história continuou circulando nas redes com um print que se assemelha a uma versão antiga da nota no Portal da Transparência. A postagem do deputado bolsonarista, por exemplo, foi realizada no dia seguinte, quando o valor correto já estava disponível para consulta pública.

O Projeto Comprova procurou os autores. Um deles não tinha a opção de mensagem direta no Twitter, enquanto que, para o deputado, foram enviados e-mails e mensagens, mas ele não respondeu. O Comprova também entrou em contato com uma página no Instagram que teve um vídeo mais antigo contestado pelo Detran-PB, mas não houve resposta.

O Comprova considerou o conteúdo enganoso porque usa dados imprecisos e confunde, com ou sem a intenção deliberada de causar dano. Para conferir a veracidade do contrato exposto nas postagens, o Comprova fez uma pesquisa no Portal da Transparência do governo da Paraíba. Na página, foi identificado o mesmo número contratual apresentado na publicação, mas com valores muito inferiores ao divulgado nas redes sociais. Clique aqui para a reportagem original no Correio Braziliense.



Fonte: Espaço PB com Correio Braziliense – Foto: Reprodução – Contato: jorgerezende.imprensa@gmail.com

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