Por que GKay, Bolsonaro e Musk foram engolidos por suas próprias fantasias

Publicado em: 29/12/2022 às 11:45
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Após uma piada do humorista Fábio Porchat ironizando o comportamento errático de Gkay em um programa de entrevistas, a influenciadora foi às redes se vitimizar e se tornou alvo de uma enxurrada de críticas. Teve desde ex-professor de dança denunciando grosserias de Gkay, passando por internautas que recuperaram tuítes polêmicos da influenciadora, além de atores globais indo às redes dar apoio público ao vídeo em que Porchat fez novas críticas à Gkay.

Bolsonaro, além de perder a eleição, sai pela porta dos fundos da história. Tem sido atacado até mesmo por seus apoiadores que veem como covarde o silêncio do presidente desde a derrota para Lula.

A Tesla já perdeu mais de US$ 800 bilhões em valor de mercado neste ano. Boa parte da fortuna de Musk, que também é CEO da Tesla, está atrelada às ações da companhia. Ou seja, a Tesla perdeu mais de 18 Twitter em valor de mercado.

Fim da pandemia e mudança de perspectiva.

Quando 2022 começou, era difícil imaginar esses desfechos para personagens com bases de seguidores tão fiéis e tanto sucesso. Os três pareciam vozes onipresentes em seus campos de atuação. As redes sociais ajudam a explicar onde as coisas começaram a dar errado para Gkay, Bolsonaro e Musk. Sim, o acúmulo de erros é a causa original dos problemas deles, mas note que estes erros não começaram nos últimos meses. Vinham se acumulando por anos, mas sem grandes consequências.

Então, o que mudou em 2022? A pandemia acabou e as redes sociais (e as pessoas) seguiram adiante. Mas Gkay, Bolsonaro e Musk seguiram presos a suas próprias narrativas antiquadas, como acreditar em uma suposta que os coloca acima dos demais. O que há algum tempo parecia genial e original, hoje fica cada vez mais evidente que não passa de ignorância e descaso com o próximo. Mas por que os três não se adaptaram? Provavelmente, porque acreditaram nas bolhas criadas pelos algoritmos e pelas pessoas próximas que diziam apenas o que eles queriam ouvir.

Então, o cenário ficou ainda pior, porque o comportamento negativo foi alimentado e amplificado. O problema não se limitou às personalidades, de certa forma, todos passamos por isso.

Viver no pós-pandemia tornou-se um exercício de aceitar o imponderável. Instituições governamentais e de saúde pública continuavam a se desgastar diante de uma minoria autoritária e confusa pautada por teorias conspiratórias. As estruturas já instáveis que sustentavam as redes sociais e o mercado de mídia entraram em colapso.

O streaming desmoronou perdendo assinantes. A TV percebeu que suas receitas jamais serão como antes e cortar custos é inescapável.

As big techs, donas das redes sociais, tiveram de demitir e cortar custos como nunca fizeram. Neste contexto, os influenciadores pareciam ter perdido a noção, mas na verdade apenas estavam desesperados tentando evitar a queda do engajamento em um cenário no qual é cada vez mais difícil atrair e reter a atenção das pessoas.

 



Fonte: Espaço PB – UOL/PB Redação: contato@espacopb.com.br

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