Partido dos Trabalhadores de Campina Grande lança proposta de pré-candidatura coletiva

Muito se fala em crise de representatividade na política e uma forma de superar essa questão tem sido ampliar a participação nos processos decisórios. Os modelos de mandatos coletivos são uma aposta dos partidos, principalmente os de esquerda, para garantir mais diálogo e participação social nos processos políticos.

Em Campina Grande, interior paraibano, um grupo formado por professores, militantes de movimentos sociais, ativistas culturais e integrantes do Partido dos Trabalhadores (PT) resolveram lançar uma  pré-candidatura coletiva, que pretende disputar uma vaga na Câmara Municipal nas eleições de novembro deste ano.

O grupo intitulado ‘A Força do Coletivo’ é formado por nove pessoas, todas pré-candidatas à co-vereadores. Para Pedro Luís, mais conhecido como Peu do PT, um dos pré-candidatos do coletivo, essa quantidade de pessoas é uma forma de despersonalizar a atuação política e as decisões, pois em um mandato coletivo não existe hierarquia.

“Os mandatos coletivos são propostas que se estruturam não ao redor da figura de um parlamentar ou de uma pessoa conhecida para disputar um cargo. Mas tudo é resultado de um processo de decisões coletivas. No mandato coletivo existe uma despersonalização da figura do parlamentar, do pré-candidato, também há uma quebra entre a relação parlamentar-assessor. Ou seja, no mandato coletivo existe a formação de várias lideranças e não apenas uma”, afirma Peu do PT.

Embora seja uma proposta nova em Campina Grande, já existem várias experiências de candidaturas e de mandatos no formato proposto pelo grupo ‘A Força do Coletivo’. Pode-se destacar a experiência para a Câmara de Vereadores de Alto Paraíso, em Goiás, nas eleições de 2016. No Nordeste, tem o  grupo ‘Juntas’, em Pernambuco, que integra a Assembleia Legislativa do estado; e a ‘Bancada Ativista’, em São Paulo são exemplos exitosos de experiências coletivas pelo Brasil afora.

‘A Força do Coletivo’

A proposta de pré-candidatura coletiva em Campina Grande é composta por nove pessoas: Peu do PT, militante histórico do partido; Edna Serafim, professora, pedagoga e psicopedagoga, que atua nas redes municipal e estadual de ensino; Anderson Albertino, professor de educação física e capoeira, militante do movimento negro e educador social; Glícia Campelo, bióloga, membro do diretório municipal do partido.

E mais: Ivônes de Lima, militante histórico do PT; Juracema Medeiros, enfermeira sanitarista e servidora pública municipal; Karina Oliveira, artesã, artista e arte-educadora; Valter Campelo, bacharel em Direito e servidor da Justiça do Trabalho; e Rodrigo Tomaz, formado em Ciências Contábeis, servidor público e fruto dos movimentos estudantis.

Mais informações sobre a proposta podem ser obtidas nas redes sociais do coletivo, facebook.com/aforcadocoletivo e instagram.com/aforcadocoletivo.