Há duas semanas no cargo de presidente da Câmara, o alagoano Arthur Lira (PP-AL) enfrentou seu primeiro “terremoto” político com a prisão do deputado Daniel Silveira (PSL-RJ).
Lira sabe que o caso ainda não está encerrado, mas tem outras prioridades na cabeça: aprovar medidas que garantam ao Congresso o controle do Orçamento federal, acabando com a vinculação de verbas para qualquer área, incluindo Saúde e Educação.
Em entrevista na manhã de ontem, defendeu que haja um programa de auxílio permanente que não tenha as limitações do Bolsa Família e diz que há um contexto favorável para aprovar o mais rápido possível as reformas econômicas. Lira diz ainda que o problema da gestão do ministro da Saúde, Eduardo Pazzuello, é apenas de comunicação.
Como o senhor vê o empenho do governo em relação à aprovação de pautas econômicas?
O presidente da Câmara não tem a Câmara a seu dispor e nem é arauto da verbalização. Quem ouve e discute, entrega. Quem verbaliza, não entrega. Mas tem duas mensagens muito fortes: vamos buscar o comando do Orçamento.
O Congresso hoje é um carimbador do Orçamento. O Orçamento vem pronto, todo pré-fixado, com 96% de despesas carimbadas. Defendo a desvinculação total do Orçamento. Eu defendo. Se o Congresso vai votar, se não vai votar... Aí a gente tem que ter o respeito de ouvir todos.
A população tem de escolher o deputado: “Ah, eu quero que tenha no Orçamento 40% para educação”. Então a população vai votar em deputados que defendam a Educação.
Fonte: EspaçoPB com Globo - contato@espacopb.com.br
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