João Pessoa registra quase cinco mil casos de violação de direitos de crianças e adolescentes

Publicado em: 19/09/2021 às 13:35 - Atualizado em: 19/09/2021 às 13:49
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Durante o ano de 2020, foram realizados 4.744 atendimentos na cidade de João Pessoa pelos sete Conselhos Tutelares. Desse total, a maioria deles na região do Bairro Valentina Figueiredo (1.149 casos). Os meninos entre zero e três anos de idade foram o público com maior número de atendimento.

O conflito familiar e o abandono foram as principais naturezas das violações de direitos. Os números são do relatório realizado pelo Controle Social da Secretaria do Desenvolvimento Social (Sedes), da Prefeitura de João Pessoa (PMJP), que ajudam na orientação das políticas públicas para a proteção de crianças e adolescentes a serem implementadas pela administração municipal.

Os Conselhos Tutelares são órgãos competentes e autônomos que zelam pelo cumprimento do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). No município de João Pessoa existem sete deles, divididos em regionais que abrangem todos os bairros da capital, funcionando tanto em horário comercial quanto em regime de plantão.

Os Conselhos Tutelares recebem denúncias da população através do telefone de cada regional. No site da Prefeitura de João Pessoa é possível encontrar os contatos de todos os Conselhos Tutelares e consultar a área de abrangência de cada um (clique aqui).

A partir de denúncia, os conselheiros tutelares realizam a confirmação da violação de direitos e dependendo da situação constatada são acionados serviços de abordagem, proteção social e até mesmo a força policial. O serviço também envia notícias de fatos ao Ministério Público e à Vara da Infância.

A Prefeitura de João Pessoa, por meio da Sedes, é responsável por dar as condições materiais e técnico-administrativas para que os Conselhos Tutelares funcionem. A Sedes também organiza as eleições de escolha dos conselheiros, que acontecem a cada quatro anos, quando a população se dirige às urnas e escolhe os integrantes dos Conselhos. Durante o mandato, eles recebem salário pago pela gestão municipal, com dotação orçamentária própria.

“Enquanto gestão municipal, promovemos as condições para que os conselheiros tutelares realizem seu trabalho para que o ECA seja cumprido em sua totalidade. Temos o compromisso de sempre melhorar e ter um diálogo permanente com os conselheiros tutelares para que os mais vulneráveis tenham seus direitos protegidos”, garante Felipe Leitão, secretário do Desenvolvimento Social.

“É importante lembrar que os conselheiros tutelares não têm poder de polícia, portanto, não podem intervir de forma punitiva em caso de violações de direitos, mas eles podem acionar os serviços de proteção e realizar um trabalho de conscientização junto à população, como em palestras em escolas e reuniões com os moradores dos bairros que atendem”, esclarece Patrícia Teotônio, coordenadora do Controle Social da Sedes.



Fonte: Espaço PB com Secom-PMJP (Eloísa Cândido) – Jorge Rezende – Foto: Dayse Euzébio – Contato: jorgerezende.imprensa@gmail.com

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