Google celebra aniversário de 100 anos do filósofo brasileiro Paulo Freire

O Google está celebrando o centésimo aniversário do educador e filósofo brasileiro Paulo Freire com um Doodle em sua página inicial. Além do Brasil, outros países como Argentina, Chile e Peru também exibem o logo especial. “O Doodle de hoje comemora o centésimo aniversário do filósofo, educador e autor brasileiro Paulo Freire, reconhecido como um dos mais influentes pensadores educacionais do século XX”, publicou o Google.

Ao pá da letra, um sarrabisco, gatafunho ou rabisco, ou ainda o termo estrangeiro doodle é um tipo de esboço ou desenho realizado ao acaso, quando uma pessoa está distraída ou ocupada. São desenhos simples que podem ter significado concreto de representação ou simplesmente representar formas abstratas.

Paulo Freire foi um dos filósofos da educação mais influentes do século XX. Ele trabalhou de todo o coração para ajudar as pessoas por meio de sua filosofia e da prática da pedagogia crítica. Natural do Brasil, o objetivo do pernambucano Paulo Freire era erradicar o analfabetismo entre povos de países e continentes anteriormente colonizados. Suas percepções estavam enraizadas nas realidades sociais e políticas dos filhos e netos de ex-escravos.

Suas ideias, vida e trabalho serviram para melhorar as condições de vida das pessoas oprimidas. Como humanista, Freire defendeu as teses de que é vocação ontológica de cada pessoa tornar-se mais humana; tanto o opressor quanto o oprimido têm sua humanidade diminuída quando seu relacionamento é caracterizado por dinâmicas opressivas; através do processo de conscientização, os opressores e oprimidos podem vir a compreender o seu próprio poder; e, em última análise, os oprimidos serão capazes de mudar autenticamente suas circunstâncias apenas se suas intenções e ações forem consistentes com seu objetivo.

Paulo Freire afirmou que a pobreza e a fome afetaram severamente sua capacidade de aprender. Essas experiências influenciaram sua decisão de se dedicar a melhorar a vida dos pobres: “Não entendia nada por causa da minha fome. Não era burro. Não era falta de interesse. Minha condição social não permitia para me formar. A experiência me mostrou mais uma vez a relação entre classe social e conhecimento”.

O educador nordestino, reconhecido em todo o mundo, morreu de insuficiência cardíaca no dia 2 de maio de 1997, em São Paulo.