Voto em 2022 poderá ser pela internet e TSE já faz testes em três cidades

Nas eleições de 2022, o eleitor poderá votar por meio da internet e, nas votações do dia 15 de novembro deste ano, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já vai testar esse sistema em três municípios brasileiros. A informação é do secretário de Tecnologia da Informação e Comunicação do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB), José Cassimiro Júnior, ao explicar que, para não causar interferência no pleito real, o teste será através de uma eleição fictícia que está sendo programada e que será realizada paralelamente às eleições municipais.

“Além de votar normalmente na urna eletrônica como nos demais municípios brasileiros, os eleitores de uma cidade de São Paulo; de Curitiba, no Paraná; e de Colorado do Oeste, em Goiás, também vão votar pela internet”, explicou Cassimiro, ao detalhar que os candidatos não serão obrigatoriamente os registrados no processo oficial e servirá somente para o TSE testar por questão de garantia e segurança do voto”.

Segundo Cassimiro, essas providências e experiências anteriores são importantes e mostram que o problema para os avanços e comodidades do voto via internet não é de tecnologia. “Tecnologia nós temos. Os problemas são os cuidados da Justiça Eleitoral com o sigilo e livre exercício do voto”, disse.

“É preciso ter certeza de que, votando na comodidade de casa, sem precisar estar enfrentando filas e outros problemas, o eleitor terá mesmo a garantia do seu voto. E mais: que ele não sofrerá interferências de quem esteja por perto dele”, avaliou o secretário de Tecnologia do TRE.

Cassimiro revelou que o presidente do TSE, ministro Roberto Barroso, já está de posse de um projeto bem montado que vem sendo avaliado por toda a Corte Eleitoral, e que no próximo ano será aprimorado para ser apresentado ao ministro Alexandre de Morais, o ministro que deverá ser o próximo presidente do TSE e que presidirá as eleições de 2022.

Ainda sobre a votação via internet em três municípios brasileiros, Cassimiro informou que o TSE já publicou edital convidando empresas interessadas em apresentar projetos e que a solução poderá ser desenvolvida pelos próprios técnicos do Tribunal. “Se dependesse apenas de tecnologia, não seria problema”, disse.

“Mas uma coisa precisa ser dita para não começar a confundir a opinião pública: tudo isso ainda está em estágio de projeto e de testes, e a aplicação pra valer não tem nada a ver com as eleições municipais deste ano”, concluiu Cassimiro.