Vereador apela aos direitos humanos e alega que 16 paraibanos envolvidos no 8 de janeiro estão sendo “torturados”

Sem citar os nomes e acreditando que a “grande maioria” dos 16 paraibanos envolvidos nos ataques golpistas e terroristas do 8 de janeiro “não tinha o intuito de danificar o patrimônio público”, o vereador Coronel Sobreira (MDB) - na foto -, da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), apela aos direitos humanos, ao Ministério Público e à Justiça para que seja a aferição das tornozeleiras eletrônicas. Segundo o vereador, esses paraibanos estão sendo “torturados” e estão “sem conseguir dormir e com efeitos psicológicos negativos”.

O apelo ocorreu na manhã da última terça-feira (5), quando o vereador Coronel Sobreira utilizou a tribuna da CMJP para solicitar ao Poder Judiciário e ao Ministério Público a aferição das tornozeleiras eletrônicas, alegando que existem reclamações de que os equipamentos estão vibrando de forma irregular.

“Sabemos que muitas pessoas foram presas no evento do 8 de janeiro. Não entro no mérito das prisões, embora acredite que a grande maioria não tinha o intuito de danificar o patrimônio público. Mas, sem entrar no mérito, quero tratar do funcionamento das tornozeleiras eletrônicas que 16 pessoas paraibanas que estão utilizando, pois recebi informações de que elas estão desreguladas, vibrando constantemente”, relatou o vereador, informando que iria documentar de ofício o pedido de verificação do funcionamento dos equipamentos.

Para o parlamentar pessoense, os equipamentos deveriam vibrar apenas ao necessitarem de recarga, ao carregarem ou quando da saída do perímetro estabelecido. Ainda segundo ele, as pessoas estão sem conseguir dormir e com efeitos psicológicos negativos.

“Isso é uma tortura, sabemos que não é permitido. Solicito do Poder Judiciário da Paraíba e ao Ministério Público que chequem essas informações e que as tornozeleiras sejam aferidas. Essas pessoas não devem ser penalizadas pelo mau funcionamento das tornozeleiras, peço que haja a substituição por outras e, que em caso de falta, fiquem sem. Também peço atenção dos órgãos de direitos humanos”, apelou.