Semana Zé Lins: programação especial celebra 90 anos do romance ‘Menino de Engenho’

Publicado em: 30/05/2022 às 23:50
Foto

A Fundação Espaço Cultural da Paraíba (Funesc) realiza no período de 1º a 3 de junho a ‘40ª Semana Cultural Zé Lins’. Durante três dias, uma série de atividades celebram o 121º aniversário de nascimento do escritor paraibano imortalizado por obras como ‘Menino de Engenho’, ‘Riacho Doce’ e ‘Fogo Morto’.

A programação é gratuita e aberta ao público. A abertura será nesta quarta-feira (1º), com apresentação musical de alunos da Escola de Música Anthenor Navarro (EEMAN), às 9h, no museu que tem o nome do escritor.

Ainda na quarta-feira, a partir das 9h30, haverá apresentação do livro ‘Zé Lins, um paraibano como eu’, coletânea de textos de alunos da rede pública estadual da Paraíba. O secretário de estado da Educação, Cláudio Furtado, participa da cerimônia ao lado do presidente da Funesc, Pedro Santos. Na ocasião, estudantes farão leitura de trechos.

Na quinta-feira (2), a programação conta com visitação guiada ao Museu José Lins do Rego ao longo do dia. À noite, a partir das 19h, haverá concerto na Paróquia Nossa Senhora do Pilar, no município de Pilar, onde nasceu José Lins.

Na sexta-feira (3), o professor Cauby Dantas, especialista na obra de José Lins, falará sobre o romance ‘Menino de Engenho’, que este ano completa 90 anos desde o lançamento de sua primeira edição. O bate-papo será no Museu José Lins e, em seguida, haverá apresentação musical com alunos da EEMAN. Todas as atividades são gratuitas e abertas ao público.

José Lins do Rego Cavalcanti (na foto) nasceu no dia 3 de junho de 1901, no Engenho Corredor em Pilar, na Paraíba, e morreu em 12 de setembro de 1957, no Rio de Janeiro (RJ). Filho de João do Rego Cavalcanti e Amélia Lins Cavalcanti, foi criado no Engenho Corredor, de propriedade do avô materno, esse o criara devido a morte precoce da mãe.

O romancista, jornalista e cronista José Lins do Rego ingressou no Internato Nossa Senhora do Carmo aos oito anos e lá permaneceu por três anos. Por volta dos 17 anos teve contato com obras de Raul Pompéia e Machado de Assis.

Em 1919, ingressou na Faculdade de Direito de Recife e passou a escrever uma coluna para o jornal Diário da Paraíba. Formou-se em 1924. Nesse período ampliou seus contatos com o mundo literário. No ano de 1924 casou-se com Filomena Masa Lins do Rego. Em 1925 tornou-se promotor em Manhuçu, Minas Gerais. Já em 1926 mudou-se para Alagoas, onde se tornou fiscal de bancos e de consumo.

Em Alagoas teve contato com diversos escritores, como Graciliano Ramos e Rachel de Queiroz. Publicou seu primeiro livro em 1932, ‘Menino de Engenho’, que se tornou grande sucesso. Posteriormente publicou ‘Doidinho’ (1933). Após o sucesso de suas publicações, o editor José Olympio lhe propôs uma edição de dez mil exemplares para o próximo romance.

Em 1935, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde voltou a escrever para jornais e foi secretário da Confederação Brasileira de Desportos (1945-1954). No ano de 1936, publicou ‘Histórias da Velha Totonha’, seu único livro infantil. Suas obras começaram a ser traduzidas em vários idiomas. O romance ‘Fogo Morto’ (1942) é reconhecido como sua obra-prima.

O escritor consagrou-se como romancista da decadência dos senhores de engenho e como mestre do regionalismo. Em 1953, publicou seu último romance: ‘Cangaceiros’. Tornou-se membro da Academia Brasileira de Letras (ABL) em 1956, nesse mesmo ano publicou ‘Meus Verdes Anos’ (livro de memórias). Morreu em 1957, aos 56 anos, vítima de um problema hepático.



Fonte: Espaço PB com Secom-PB – Foto: Reprodução – Contato: jorgerezende.imprensa@gmail.com

Comentários: