Saúde da população negra de Campina Grande será discutida em audiência pública

O Ministério da Saúde realizará uma audiência pública na Câmara Municipal de Campina Grande (CMCG) para discutir a saúde da população negra do município paraibano. A solicitação e articulação para a realização do evento é da vereadora Jô Oliveira (PCdoB). “O requerimento solicitando a audiência já foi protocolado e só estamos aguardando a aprovação da Casa”, avisa a parlamentar.

Na sessão ordinária de terça-feira (26) na CMCG, a vereadora Jô ocupou a tribuna do parlamento campinense para informar sobre o requerimento da audiência e fazer um resumo das atividades e articulações que ela efetivou durante sua visita a Salvador recentemente. Na capital baiana. Jô Oliveira, a convite da União de Negras e Negros pela Igualdade (Unegro), participou de um seminário em alusão ao Dia Internacional para Eliminação da Discriminação Racial (comemorado a 21 de março).

“Durante a nossa estadia em Salvador, fizemos articulações com nove ministérios. E o destaque especial foi a conversa que fizemos com o Ministério da Saúde pra a realização de uma audiência pública para discutirmos a saúde da população negra em nosso município”, explica Jô Oliveira, ressaltando que o seminário em Salvador foi promovido pelo governo federal, por meio do Ministério da Educação (MEC), em parceria com o governo baiano e a Universidade Federal da Bahia (UFBA).

“Dentro das discussões lá no evento, uma das preocupações do Ministério da Educação é exatamente criar ferramentas onde possam rastrear a localidade em que se encontram os altos índices de analfabetismo e para que os gestores tenham a responsabilidade de apresentar os dados da instituição”, informou a vereadora da tribuna, acrescentando: “Quando se chega na rede estadual sem saber ler é porque o problema se encontra nos anos iniciais”.

Com outros ministérios, o diálogo foi o mesmo, pautado em temas como saúde da população negra, políticas de empregabilidade, novos editais para qualificação das cozinhas solidárias, promoção de moradias seguras e outras melhorias de pessoas da periferia, acesso à internet de qualidade, necessidade de fomento à cultura e abertura de editais, ampliação de territórios quilombolas, participação popular e ampliação da presença da sociedade civil com a ampliação das conferências.