Protesto em João Pessoa lembra mortos da covid e ato pelo impeachment de Bolsonaro também ocorre em mais quatro cidades paraibanas

Publicado em: 03/07/2021 às 20:35
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Alexandre Nunes, Humberto Lira e Eduardo Carneiro eram jornalistas e morreram vítimas do novo coronavírus, que provoca a covid-19 na Paraíba. Seus nomes e imagens estavam neste sábado (3) entre as centenas de pessoas lembradas durante as manifestações em João Pessoa contra o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que pedem seu impeachment.

Diretor-fundador do site EspaçoPB, Alexandre Nunes morreu na madrugada do dia 12 de dezembro do ano passado, aos 62 anos, por complicações da doença. Ele estava internado no Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, em Santa Rita, Região Metropolitana de João Pessoa. Ele também integrava a equipe de jornalistas do jornal A União e atuou por muitos anos na Secretaria da Comunicação Social do governo da Paraíba.

Em 31 de agosto de 2020, também em decorrência da covid-19, morria o jornalista Humberto Lira, aos 77 anos, no Hospital Santa Isabel, em João Pessoa. Natural de Umbuzeiro, município a 147 quilômetros da capital paraibana, Humberto Lira trabalhou por cerca de 40 anos na área policial do extinto jornal Correio da Paraíba. Também teve passagens pelo jornal centenário O Norte, que também saiu de circulação.

Já o jornalista Eduardo Carneiro morreu no dia 1º de maio deste ano, aos 51 anos, vítima da doença. Ele estava internado em um hospital particular de João Pessoa. Natural do município paraibano de Mulungu, atuou nos jornais A União, O Norte e Correio da Paraíba, na Rádio Cabo Branco FM, na Revista Nordeste e foi secretário executivo da Comunicação da Prefeitura de João Pessoa (PMJP), chegando a assumir interinamente a titularidade da pasta.

Nas manifestações registradas na Paraíba, estavam entre as principais reivindicações a compra de vacinas contra a covid-19 e o impeachment do presidente Bolsonaro, considerado pelos manifestantes como o principal responsável pelas mais de 520 mil mortes de brasileiros pela doença.

Atos cívicos

Em João Pessoa, a concentração começou por volta das 9h, em frente ao Colégio Liceu Paraibano, no Centro da capital paraibana. Às 10h30, o protesto seguiu pelo Parque Solon de Lucena (Lagoa) até o Largo do Ponto de Cem Réis. Os manifestantes carregaram cartazes com dizeres contra o presidente Bolsonaro e, na concentração, desenharam no chão silhuetas de corpos e colaram fotos de pessoas que morreram vítimas da covid-19 na Paraíba.

Em Campina Grande, no Agreste paraibano, uma passeata saiu da Praça da Bandeira por volta das 10h e uma carreata saiu do Parque do Povo no mesmo horário. Os dois movimentos se encontraram no Monumento aos Pioneiros, no Açude do Velho, Centro da cidade, onde ocorreram discursos de representantes de partidos políticos e de entidades estudantis e de movimentos sociais, pedindo o impeachment do presidente Jair Bolsonaro.

Na cidade de Patos, na Região do Sertão, o protesto teve início por volta das 7h30 e terminou às 9h50. Os manifestantes ficaram na Praça Cícero Supino, com cartazes e emitindo palavras de ordem, pedindo por mais vacinas e contra o presidente, apontado como “genocida”.

Em Cajazeiras, também no Sertão paraibano, o ato começou por volta das 8h, na Praça da Prefeitura, e terminou às 10h30 no mesmo local. Os manifestantes seguiram em fila pelo centro da cidade, com cartazes e entregando panfletos. Depois retornaram para a praça.

Na Região do Cariri, na cidade de Monteiro, foi realizada uma carreata que começou por volta das 9h, no Alto de São Vicente. Os manifestantes seguiram pelas ruas da cidade e encerraram a carreata às 11h30, na Praça João Pessoa.



Fonte: Espaço PB – Jorge Rezende – Foto: Redes Sociais – Contato: jorgerezende.imprensa@gmail.com

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