Proteção Animal Mundial lança documentário ‘Enganado por um Sorriso’

Publicado em: 13/09/2020 às 13:40
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A Proteção Animal Mundial, organização não-governamental que atua em prol do bem-estar dos animais, lançou o documentário ‘Enganado por um Sorriso’, que mostra a realidade em que vivem golfinhos mantidos cativeiro para o entretenimento, rebatendo o discurso da indústria, que movimenta cerca de 5,5 bilhões de dólares todos os anos.

O documentário (clique aqui para assistir) conta com a participação de Lorena Lopez, ex-treinadora de golfinhos no México que, após dez anos trabalhando para o entretenimento, hoje dedica a vida para defender os animais das barbaridades do setor. “A indústria manipula as informações de forma que você acredita que os animais estão sendo bem tratados, que eles estão felizes de performar para o público. Toda a roupagem no discurso faz com que você acredite nisso. Mas esses animais são privados de comida, forçados a uma carga de treinamentos intensivos, obrigados a se reproduzir, sofrendo de severo estresse físico e psicológico”, afirma a ativista.

Segundo pesquisa da Proteção Animal Mundial, existem mais de três mil golfinhos em cativeiro. No México, um dos principais polos de golfinhos em cativeiro do mundo, são 240 golfinhos em 29 locais. O uso dessas espécies para entretenimento arrecada anualmente cerca de 500 milhões de dólares com a venda de ingressos.

Nessas atrações cruéis, os golfinhos são usados como pranchas de surf, cercadas por grupos de pessoas, sendo tocados, abraçados e fotografados, em um ambiente barulhento, completamente diferente do habitat natural. No Brasil, entretenimento com golfinhos era muito comum nos anos de 1980, contudo, desde 1987 há uma legislação que proíbe qualquer tipo de atração que mantenha cetáceos em cativeiro. Ainda assim, o público brasileiro é um dos principais nos parques dos Estados Unidos e nos resorts do México.

João Almeida, gerente de vida silvestre na Proteção Animal Mundial, explica que, enquanto na natureza os golfinhos ocupam uma área superior a 100 quilômetros quadrados, ao serem aprisionados, esses animais vivem em tanques de concreto até 200 mil vezes menor que o seu habitat natural.

“Se estão em cativeiro, os golfinhos sofrem. Esses tanques são minúsculos e monótonos, não oferecem a complexidade do ambiente natural, ou seja, não atendem as necessidades desses animais. Além disso, esses animais são separados das mães, expostos aos riscos de doenças, drogados para enfrentarem o cárcere e expostos a cloro 100% do tempo. Os níveis de estresse e agressividade são altos, apenas para divertir turistas”, afirma o gerente.

“Estamos trabalhando para que esta seja a última geração de golfinhos em cativeiro. Este tipo de entretenimento significa sofrimento e crueldade para estes animais, disfarçada de diversão familiar. Quando mantidos em tanques do tamanho de uma tela de cinema, estes animais extremamente inteligentes são forçados a realizar truques em troca de comida, é uma sentença de prisão perpétua”, finaliza Almeida.

Comércio de animais silvestres

Acabar com o comércio mundial de animais silvestres é essencial para proteger a saúde humana e a economia de novas pandemias como a covid-19 e garantir uma vida sem sofrimento para os animais.  Por isso, a Proteção Animal Mundial lançou uma campanha global que pede que os líderes do G20 trabalhem para a proibição permanente do comércio de animais silvestres no mundo.

Em abaixo-assinado, iniciado em maio de 2020, a organização pede que o tema seja incluído na agenda da cúpula anual do G20 que acontece em novembro próximo. Como parte do G20, o governo brasileiro tem o poder de influenciar as superpotências globais a tomarem a atitude necessária para proteger os animais, as pessoas – saúde e economia – e o planeta.

A Proteção Animal Mundial move o mundo para proteger os animais por mais de 50 anos. A organização trabalha para melhorar o bem-estar dos animais e evitar seu sofrimento. As atividades da organização incluem trabalhar com empresas para garantir altos padrões de bem-estar para os animais sob seus cuidados; trabalhar com governos e outras partes interessadas para impedir que animais silvestres sejam cruelmente negociados, presos ou mortos; e salvar as vidas dos animais e os meios de subsistência das pessoas que dependem deles em situações de desastre.

A organização influencia os tomadores de decisão a colocar os animais na agenda global e inspira as pessoas a mudarem a vida dos animais para melhor. Para mais informações acessar o site clicando aqui.



Fonte: Espaço PB com assessoria – Foto: Vegazeta – contato@espacopb.com.br

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