A professora Janete Rodriguez, da Fundação Casa de José Américo (FCJA), é a coordenadora-geral do Projeto Folhas da Paraíba – Artesanato e Sustentabilidade Social, promovido pela Secretaria de Estado da Administração Penitenciária (Seap), do governo da Paraíba, cujas oficinas foram abertas na manhã desta segunda-feira (15), em João Pessoa. “A importância é ímpar, pelo fato de você dar condições à mulher privada de liberdade de ter mais que uma profissão, mas também cidadania”, ressalta Janete Rodriguez, gerente do Museu Casa de José Américo da FCJA.
Com o objetivo de levar o artesanato para mulheres em situação de privação de liberdade, no Folhas da Paraíba as reeducandas dos presídios paraibanos vão produzir carteiras, bolsas e acessórios a partir do cozimento, tintura, costura e bordado de folhas naturais de vulnerabilidade nativa da Paraíba. “É uma profissionalização que vai tornar possível para essas reeducandas uma conquista no mercado de trabalho após a saída”, justifica Janete.
Ela explica que a técnica que essas mulheres vão aprender é de Tânia Lima, uma artesã do estado de Goiás. “As folhas naturais são cozidas, pintadas, costuradas e, em seguida, bordadas, transformando-se em bolsas, adornos e adereços. Por isso mesmo o caráter genuíno dos produtos que serão confeccionados por elas”, complementa a coordenadora-geral do projeto, que ainda tem uma parceria com a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Humano (Sedh) e o Programa de Artesanato Paraibano (PAP).
A abertura da oficina do Projeto Folhas da Paraíba – Artesanato e Sustentabilidade Social no sistema prisional ocorreu na Penitenciária de Reeducação Feminina Maria Júlia Maranhão, na capital paraibana, com a presença da segunda-dama do Estado, Camila Mariz. A oficina do projeto visa fortalecer o processo de reinserção das reeducandas das unidades prisionais paraibanas, a exemplo do programa Castelo de Bonecas (em prática desde 2012).
No Folhas da Paraíba, que também tem o apoio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), para a confecção de bolsas e outros adereços tendo como matéria-prima folhas de árvores da Mata Atlântica, foram escolhidos o cajueiro e a pata-de-vaca.
As reeducandas vão ter a oportunidade de saírem do sistema prisional certificadas, com a carteira de artesã. Na Paraíba, as 22 unidades prisionais (masculinas e femininas) contam com projetos de ressocialização. O Projeto Folhas da Paraíba, com foco na sustentabilidade, terá oito encontros. As aulas serão ministradas por monitoras.
Fonte: Espaço PB com Assessoria-FCJA – Foto: Isabella Verginelli (FCJA) – Contato: jorgerezende.imprensa@gmail.com
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