Professoras da UFPB criam cartilha para combater informações falsas sobre Covid-19

Publicado em: 01/04/2020 às 21:09
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Uma cartilha produzida por professoras do Curso Técnico em Nutrição e Dietética do Colégio Agrícola Vidal de Negreiros (Cavn), no campus III da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), em Bananeiras, pretende auxiliar e orientar a população sobre os cuidados sanitários básicos para controle e prevenção do novo coronavírus (Covid-19).

Com linguagem clara e objetiva, o trabalho foi desenvolvido pelas docentes Catherine Carvalho, Amanda Sant'Ana, Isabelle Polari e Kataryne Oliveira. “Em meio a inúmeras desinformações, muitas pessoas passaram a me enviar mensagens com algumas práticas errôneas, no isolamento social, que me assustaram. Então me senti no direito, como detentora do conhecimento correto, de alertar essas pessoas e convidei as colegas para escrevermos a cartilha”, conta a professora Catherine Carvalho.

A cartilha traz informações tais como o que é o novo coronavírus, as formas de transmissão e, principalmente, de prevenção, desde os cuidados com higiene pessoal, abordando inclusive as regras de etiqueta respiratória e protocolo de segurança para evitar contaminação ao sair de casa. O texto é baseado em orientações oficiais e em estudo publicado pela revista científica New England Journal of Medicine, segundo a qual o coronavírus sobrevive até três dias em algumas superfícies, como plástico ou aço.

A cartilha explica, ainda, como deve ser a manipulação e preparo de alimentos, a higiene do domicílio, os produtos mais relevantes e com custos menores para uma higienização eficaz contra o vírus e traz uma relação das perguntas e respostas mais frequentes sobre o novo coronavírus, a fim de combater informações e notícias falsas.

A professora Kataryne Oliveira enfatiza a importância da higienização correta das mãos, principalmente lavando com água e sabão, o que reduz custos e é eficaz contra o vírus, reduzindo a busca por produtos que podem não ser necessários, como equipamentos de proteção individual e álcool em gel.

Ela destaca, também, que a ideia é mostrar que não adianta desespero nesse momento difícil. “Havia pessoas usando álcool de posto de gasolina no lugar do álcool a 70%, porque não encontravam para venda, colocando a sua vida e da sua família em risco. O álcool de posto tem metanol e substâncias tóxicas”, alerta.

Entre outras informações citadas na cartilha, a professora Amanda Sant'Ana reforça, por exemplo, que o produto correto para higienizar alimentos é a água sanitária diluída em água. Conforme ensina a publicação, é possível fazer uma solução clorada misturando uma colher de sopa de água sanitária com um litro de água potável. “A água sanitária pode ser usada para alimentos e para superfícies. Somente é preciso ficar atento à concentração adequada”, explica.

As docentes sobreavisam que vinagre e limão, apesar de não trazerem riscos à saúde, não são considerados eficientes na higienização dos alimentos. O hipoclorito de sódio é a solução recomendada para essa finalidade.

Catherine Carvalho conta que a cartilha tem tido uma boa aceitação pelo público. “Estamos obtendo muitos resultados. As pessoas que estavam usando álcool de posto ficaram abismadas ao saber que ele tinha substâncias tóxicas; não sabiam que se poderia fazer a higiene dos alimentos crus; não sabiam que, no lugar do álcool, poderiam usar a solução clorada nas maçanetas das portas. Todas essas informações estão sendo muito bem aceitas”.



Fonte: Espaço PB com Ascom-UFPB – Redação: contato@espacopb.com.br

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