Polícia Federal na Paraíba cumpre 22 mandados de busca e apreensão e investigações apuram desvios de R$ 2 milhões do Sistema “S”

Publicado em: 02/07/2020 às 10:35
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A Polícia Federal na Paraíba (PF-PB) desencadeou na manhã desta quinta-feira (2) a ‘Operação Cifrão’, que apura a prática de crimes relacionados à aplicação e desvio de recursos das entidades que integram o chamado Sistema “S” da indústria no estado. A ação da PF acontece em parceria com a Controladoria Geral da União (CGU), o Ministério Público Federal (MPF) em Campina Grande e o Ministério Público da Paraíba (MPPB), por meio do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco).

A investigação aponta que em apenas três contratos auditados pela CGU foram desviados mais de R$ 2 milhões em benefício de empresas, empresários e pessoas vinculadas ao Sistema “S”.

A operação está sendo efetuada com a participação de 96 policiais federais e nove auditores da CGU. Estão sendo cumpridos 22 mandados de busca e apreensão em cidades das regiões polarizadas por Campina Grande e João Pessoa.

Um dos alvos da operação foi a Prefeitura de Queimadas, localizada na região de Campina Grande. O município, com pouco mais de 44 mil habitantes, está distante a 133 quilômetros da capital paraibana, João Pessoa. Por meio de nota, o prefeito da cidade, José Carlos de Sousa Rego (PSB), emitiu o seguinte comunicado:

A Polícia Federal e a Controladoria Geral da União visitaram a Prefeitura de Queimadas no dia de hoje, visando buscar e apreender, por ordem da Justiça Federal, a cópia de um atestado de capacidade técnica emitido pela gestão municipal no ano de 2015, na administração do ex-prefeito Jacó Moreira Maciel (PSD).

De acordo com a decisão do juiz Federal, a Prefeitura de Queimadas emitiu no ano de 2015 uma declaração de que a construtora LPM Construções de Edifícios Ltda., envolvida em possível esquema de corrupção no Ssesi-PB, teria realizado obras para o município.

O atestado de capacidade técnica foi emitido pela Prefeitura de Queimadas em 10 de agosto de 2015, mas a empresa só foi registrada no Crea-PB em 11 de setembro de 2015, um mês depois.

Este documento foi utilizado para dar a impressão de que a empresa tinha experiência em obras públicas, mesmo tendo apenas três meses de fundação.

Na busca, foi verificado que a LPM Construções de Edifícios Ltda. nunca realizou qualquer obra para esta municipalidade. Não foram encontrados processos licitatórios, contratos, empenhos ou pagamentos em seu nome.

Então, caso um servidor da Prefeitura de Queimadas tenha declarado, no ano de 2015, que a construtora LPM Construções de Edifícios Ltda. prestou tais serviços, emitiu informação falsa.

A gestão atual renova seu compromisso com a população de atuar com transparência, probidade e decência na administração dos recursos públicos, e estará sempre disponível para apresentar as informações necessárias à investigação pelos órgãos competentes.



Fonte: Espaço PB – Foto: Divulgação-PF – contato@espacopb.com.br

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