O pastor Péricles Cardoso de Melo, preso após ser acusado de aplicar golpe milionário em fiéis da Igreja Assembleia de Deus, de Mangabeira, vai continuar na prisão. A decisão é do juiz Eslu Eloy Filho, que negou habeas corpus impetrado pela defesa do pastor.
A defesa alegou que o pastor Péricles Cardoso estava sofrendo constrangimento ilegal, mas a alegação não foi aceita pelo magistrado.
De acordo com a Justiça, pastor Péricles obteve vantagem indevida mediante fraude em prejuízo de alguém.
“O modus operandi de ficar com o cartão de crédito de pessoas que confiavam no investigado e utilizar estes cartões para fins pessoais também se assemelha ao estelionato, pois revela uma vantagem indevida, mediante fraude, causando prejuízo a alguém. Portanto, há certeza da materialidade do delito”.
Os prejuízos causados pelo pastor às vítimas e a congregação ultrapassam R$ 2 milhões.
Ele foi preso no dia primeiro, após se entregar depois de um mês de ter decretada sua prisão preventiva.
Péricles Melo é investigado por crimes de apropriação indébita, estelionato, fraude e furto qualificado mediante abuso de confiança.
O pastor confessou que usou os cartões de crédito de fiéis por mais de um ano. Mas, segundo ele, os cartões dos fiéis foram utilizados para pagar reformas feitas na igreja.
“Aconteceram algumas coisas, que foram divulgadas contra a minha imagem, dizendo que eu era estelionatário, que eu era pastor bandido, tinha roubado muita gente e foram difamando a minha imagem e da minha esposa e abriram um processo contra mim. Eu quero dizer aos irmãos que eu fiz algumas coisas na igreja, reforma, trabalho, salas, auditórios, sala de música, compramos um som, e alguns irmãos emprestaram cartões e eu fui pagando. Tem cartões que há mais de um ano eu venho comprando e pagando, nas datas certas”, afirmou em um vídeo divulgado nas redes sociais.
Fonte: espaçopb@gmail.com com ParlamentoPB
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