‘Operação Segunda Parcela’: Polícia Federal identifica três grupos criminosos na Paraíba que fraudavam o auxílio emergencial

Publicado em: 10/12/2020 às 08:20
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A Polícia Federal na Paraíba deflagrou nas primeiras horas da manhã desta quinta-feira (10) em Patos (no Sertão), em Campina Grande (Agreste) e na capital, João Pessoa a ‘Operação Segunda Parcela’ com o objetivo de combater as fraudes ao auxílio emergencial instituído no país devido a pandemia do novo coronavírus, que provoca a covid-19.

Além da Paraíba, a ação da Polícia Federal está ocorrendo em outros sete estados: Espírito Santo, Bahia, Santa Catarina, Tocantins, Paraná, Goiás e Mato Grosso do Sul. As medidas são da ‘Estratégia Integrada de Atuação Contra as Fraudes ao Auxílio Emergencial’, com a participação da Polícia Federal, do Ministério Público Federal (MPF), do Ministério da Cidadania, Caixa Econômica Federal (CEF), Receita Federal, Controladoria Geral da União (CGU) e do Tribunal de Contas da União (TCU).

A criação desse grupo de instituições teve como objetivo identificar a ocorrência de fraudes em grande quantidade e desarticular a atuação de organizações criminosas. As apurações partiram da análise dos pagamentos indevidos e das tentativas de cadastramento irregulares, por meio de ferramentas de investigação da Polícia Federal em busca de fraudes estruturadas.

“O objetivo é desarticular ações que causam graves malefícios ao programa assistencial e, por consequência, prejudicam a população que efetivamente necessita dos valores pagos pelo governo federal”, diz a Polícia Federal em nota distribuída à imprensa, informando que a ‘Estratégia Integrada de Atuação Contra as Fraudes ao Auxílio Emergencial’ detectou e bloqueou ou cancelou o cadastramento de mais de 3,8 milhões de pedidos irregulares.

“Deixaram de sair indevidamente dos cofres públicos pelo menos R$ 2,3 bilhões, aí contabilizados apenas os pagamentos de uma parcela de R$ 600,00 do benefício”. Na Paraíba, a Polícia Federal identificou, na ação desta quinta-feira, três células diferentes que atuavam nesse tipo de fraude no estado, sediadas em Patos, Campina Grande e João Pessoa.

“Ainda não é possível afirmar se havia comunicação entre essas células”, adianta a Polícia Federal. De acordo com as investigações, as três células teriam desviado mais de R$ 113 mil, fraudando 171 benefícios, somente entre os meses de maio e junho de 2020. Ao todo, os agentes da Policia Federal estão diligenciando no cumprimento de nove mandados judiciais, sendo seis de busca e apreensão e três de prisão, em Patos, Campina Grande e João Pessoa. Cerca de 40 policiais federais participam da operação.

A Polícia Federal também alerta a população que todos os pagamentos indevidamente realizados são objeto de análise por parte dos órgãos de controle. “Quem requereu e recebeu indevidamente parcelas do benefício sem preencher os requisitos do artigo 2º da Lei 13.982/2020 deve realizar a devolução dos valores sob pena de ser investigado criminalmente”, alerta a Polícia Federal.



Fonte: Espaço PB – Foto: Portal T5 – contato@espacopb.com.br

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