Oficinas de bilro e filet do Projeto Renda-se atendem a 60 mulheres na FCJA

Um sonho realizado. Neirijam Alves da Silva é artesã desde os oito anos de idade, aprendeu boa parte de suas técnicas (crochê e rede de pesca) com a prima, Rutilene Gomes, mas seu sonho era aprender a renda de bilro, arte que via sua avó produzir com maestria. “Nós somos do Sertão paraibano, de Coremas, e eu sempre sonhei em aprender bilro, porque minha avó fazia mantas lindas para as mulheres influentes de lá. Quando eu soube do Projeto Renda-se, quis logo me inscrever”, revela.

Em março deste ano, novo convênio assinado pela Fundação Casa de José Américo (FCJA) dobrou o número (de 30 para 60) de artesãs beneficiadas pelo Projeto Renda-se, que desenvolve oficinas de renda de bilro e de renda de filet, na FCJA em parceria com a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Humano (Sedh) e com o Programa do Artesanato da Paraíba (PAP). As oficinas atuais estão beneficiando 60 mulheres.

Neirijam Alves conta que descobriu o Projeto Renda-se por meio de uma das alunas, dona Ivaldina França, especialista em bilro e aluna de renda filé. “Aprendi muito e tive a oportunidade de fazer amigas ao longo da jornada”, diz Neirijam, que, além de artesã, desenvolve um trabalho social. Ela é monitora e professora de artes manuais na Missão Zoe, uma organização da cidade de Santa Rita, na Região Metropolitana de João Pessoa, dedicada ao tratamento de mulheres dependentes químicas. “Meu maior prazer é poder repassar tudo o que aprendo para essas mulheres”, diz.

Ministrada pela artesã Eliete Santana, a oficina de renda de bilro do Projeto Renda-se, acontece todas as quintas-feiras, das 14h às 16h, nas dependências da FCJA, com coordenação de Katzumy Fook.