Novembro Azul Pet: como descobrir diabetes em cães e gatos

Publicado em: 17/11/2023 às 12:05
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Mês é utilizado por veterinários para conscientizar sobre diagnóstico e controle da doença nos animais

Se para os humanos o Novembro Azul é dedicado a exames para prevenção ao câncer de próstata em homens, o Novembro Azul Pet é um mês de campanha para alertar os tutores de animais sobre cuidados com o diabetes, doença crônica cujo Dia Mundial é 14 de novembro e que pode afetar cães e gatos em qualquer idade, mas principalmente entre os 7 e 9 anos.

A médica-veterinária Ana Cláudia Bengezen, supervisora da Clínica de Pequenos Animais do Centro Universitário de Jaguariúna (UniFAJ), do Grupo UniEduK, explica as causas e sintomas do diabetes em pets, ressalta a importância do diagnóstico precoce e o que fazer caso seu cão ou gato desenvolva a doença.

Riscos

 

Animais devem passar por exames para o diagnóstico da doença — Foto: Getty Images

Animais devem passar por exames para o diagnóstico da doença — Foto: Getty Images

Ela conta que o diabetes impede que o organismo dos pets produza insulina – ou até produza, mas em quantidade insuficiente. O excesso de açúcar no sangue e a falta de tratamento adequado podem trazer uma série de complicações ao animal como vômitos, convulsões, respiração acelerada, catarata, fraqueza, pancreatite, dor abdominal, diarreia, perda de peso, aumento do fígado, cistite e insuficiência renal.

Dois fatores contribuem para o desenvolvimento do diabetes, segundo a profissional: a obesidade e o uso indiscriminado de hormônios como glicocorticóides (presente em anti-inflamatórios esteroidais, como cortisona) e progestagênios – mais comum em “injeção anti-cio”, que não são recomendadas, pois podem causar ainda infecções urinárias e câncer de mama, lembra a profissional.

Ana aponta que as fêmeas possuem o dobro da probabilidade de serem afetadas pelo diabetes, sendo recomendada a castração. E raças como poodle mini, samoieda, pug, poodle toy e schnauzer apresentam maior predisposição a desenvolver a doença.

Como descobrir

 

Obesidade é um dos fatores de risco — Foto: Getty Images
Obesidade é um dos fatores de risco — Foto: Getty Images

“A Diabetes mellitus é considerada a principal doença do pâncreas endócrino em cães. O diagnóstico é confirmado por exames de urina e glicemia de jejum, que nos animais os índices considerados ‘normais’ variam entre 55 e 110 mg/dL. A presença de glicosúria (glicose na urina) e hiperglicemia em jejum indicam que o animal sofre de diabetes”, detalha.

A veterinária alerta que, além dos exames de rotina, é fundamental ficar atento ao comportamento do animal no dia a dia: sede excessiva, perda de peso, aumento de apetite, cansaço sedentarismo ou maior frequência de vontade de urinar, podem ser sinais de diabetes.

Acompanhamento

 

Incentivar o animal a praticar exercícios é importante — Foto: Getty Images

Incentivar o animal a praticar exercícios é importante — Foto: Getty Images

Assim como nas pessoas, entre os pets diabetes também não tem cura. Após o diagnóstico, é necessário que o cão ou gato passe por acompanhado constante. “O tratamento consiste na aplicação de insulina. É importante que o tutor faça o acompanhamento glicêmico, com modelos de aparelhos semelhantes aos utilizados pelos humanos”.

A alimentação e a rotina do cão ou gato também devem passar por mudanças. “Atualmente há no mercado várias rações específicas para esses pacientes, como as terapêuticas, bem como alimentos naturais, cuja dieta deve ser recomendada por um nutrólogo veterinário. E é recomendado adotar novos hábitos, como exercícios físicos e brincadeiras”, diz a veterinária.



Fonte: espaçopb@gmail.com com Casa Vogue - Por Jonathan Pereira

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