Nova edição da obra ‘Descrição Geral da Capitania da Paraíba’, de Elias Herckmans, será lançada em João Pessoa

No próximo dia 5 de julho, numa sexta-feira, a Livraria do Luiz em João Pessoa irá promover o lançamento do livro ‘Descrição Geral da Capitania da Paraíba’, de Elias Herckmans. A obra, com registros históricos da então capitania paraibana da primeira metade do século XVII, é organizada pelo historiador Edvaldo da Cunha Lira e pelo sociólogo e antropólogo Carlos Azevedo. A publicação é da Editora Ideia.

O evento de lançamento acontece às 17h nas dependências da Livraria do Luiz instalada no segundo andar do MAG Shopping, localizado à Avenida Governador Flávio Ribeiro Coutinho, 115, no Bairro de Manaíra, na capital paraibana. A apresentação será da historiadora Ronilene Ramalho Diniz, que, assim como Carlos Alberto Azevedo e Edvaldo Lira, integra o Grupo de Pesquisa em História do Brasil Holandês, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba (Iphaep).

Enquanto diretor da Companhia Holandesa das Índias Ocidentais, Elias Herckmans governou a capitania da Paraíba de 1636 a 1639. Nesse período deixou um relatório etnográfico, econômico e geográfico ricamente detalhado sobre a capitania, ao qual intitulou ‘Generale Beschrjvinge van de Capitania Paraiba’ (‘Descrição Geral da Capitania da Paraíba’), datado de 1639.

A primeira parte desses registros é dedicada à capital, hoje João Pessoa, e a segunda é voltada aos engenhos do Vale do Rio Paraíba. Já uma terceira parte trata sobre costumes dos Tapuias, como eram chamados os índios locais. Herckmans foi um dos integrantes do grupo de artistas e sábios trazidos pelo conde Maurício de Nassau Siegem ao Brasil durante a ocupação holandesa.

Elias Herckmans foi geógrafo e cartógrafo, além de escritor. Governou a Paraíba no período de 1636 a 1639, quando teve a oportunidade de conhecer grande parte da planície litorânea pertencente à capitania e seus primeiros contrafortes, com atenção especial às várzeas dos rios, principalmente o Paraíba e seus engenhos.

Os registros captados por ele ocorreram em uma grande expedição que durou aproximadamente dois meses. Esse conhecimento holístico sobre essas terras foi transformado em documento escrito no último ano de seu governo e só publicado em 1879 (em holandês). Foi traduzido em língua portuguesa em 1884, por José Higino Duarte Pereira, e publicado três anos depois na Revista do Instituto Archeologico e Geographico Pernambucano.