Musicoterapia é aliada de profissionais para promover relaxamento e melhora no desenvolvimento de bebês

Publicado em: 15/09/2020 às 12:10
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Músicas de ninar instrumentais de ritmo lento e frequência regular, produzindo um efeito relaxante, são eleitas pela equipe multiprofissional da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal do Hospital do Hapvida em João Pessoa para ajudar na recuperação dos recém-nascidos. No Dia da Musicoterapia, celebrado nesta terça-feira (15), a pediatra da unidade Maria Nilda Abrantes explica o porquê de desenvolver esta atividade com os bebês.

“O período de internação em unidade de cuidados intensivos pode gerar sensações estressantes e muitas vezes dolorosas ao recém-nascido (RN), que muitas vezes são submetidos a inúmeras intervenções clínicas, exames, manipulações, além de exposição à luminosidade e ruídos excessivos”, esclarece.

A especialista afirma ainda que a permanência prolongada de bebês em UTI pode afetar seu desenvolvimento organizado e fisiológico e dificultar seu processo de recuperação. “Diante deste cenário utilizamos a musicoterapia como ferramenta de baixo custo, não farmacológica e não invasiva, que promove um ambiente de relaxamento e estimulação ao desenvolvimento do recém-nascido”, assegura.

Nilda Abrantes reforça que a musicoterapia apresenta vários benefícios para saúde dos bebês. “A musicoterapia tem se mostrado eficaz na estabilização dos sinais vitais, na adequação do estado sono/vigília, no ganho de peso, na redução do estresse, na interação com o meio, no desenvolvimento, além de bem-estar evidenciado por expressões faciais de prazer”, finaliza.

Sobre a atividade – A musicoterapia é realizada na UTI Neonatal do Hospital do Hapvida em João Pessoa de forma regular há quatro anos. Planejada por uma equipe multiprofissional composta por enfermeiros, fisioterapeutas e médicos que atuam na unidade. A atividade é realizada diariamente, das 13h às 14h, horário estabelecido pela equipe por se tratar de um momento tranquilo em que os bebês não são abordados e não há nenhuma intervenção que interfira na receptividade do estímulo. “No momento da terapia o setor se mantém em silêncio, com luz baixa, aparelho sonoro posicionado fora da incubadora e as mesmas permanecem com portinholas abertas. Em algumas ocasiões e de acordo com a avaliação da equipe o bebê pode está neste período em redeterapia ou canguru com genitora”, explica.



Fonte: Espaço PB com Ascom – Redação: contato@espacopb.com.br

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