Músicos relembram trajetória da Orquestra Sinfônica da Paraíba

Publicado em: 22/11/2020 às 19:05
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A história da Orquestra Sinfônica da Paraíba (OSPB), declarada Patrimônio Histórico e Cultural do Estado no ano passado pela Lei 11.330, será contada na edição desta terça-feira (24) do Painel Funesc, realizado pela Fundação Espaço Cultural da Paraíba. A transmissão ao vivo será a partir das 19h, via YouTube (youtube.com/funescpbgov), com mediação do maestro Luiz Carlos Durier, regente titular da Orquestra Sinfônica da Paraíba e da Orquestra Sinfônica Jovem da Paraíba (OSJPB).

Os convidados são os músicos argentinos Carlos Rieiro e Gustavo de Paco de Gea, que atuam na Paraíba há 42 anos e são testemunhas da trajetória da orquestra paraibana depois da sua reestruturação, no final dos anos de 1970. O tema deste Painel Funesc será ‘Os caminhos da música na Paraíba e a história da OSPB – fronteiras e diálogos’.

A Orquestra Sinfônica da Paraíba foi fundada em 1945 por integrantes da Sociedade de Cultura da Paraíba, liderada pelo professor Afonso Pereira da Silva. Atuou por mais de 20 anos, até que, na segunda metade da década de 1960, por falta de estrutura e apoio, chegou a interromper suas atividades, que foram retomadas em 1979 a partir de um convênio entre a orquestra, que já integrava o governo estadual, e a Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Na segunda metade da década de 1980, sob a direção artística e regência do maestro Eleazar de Carvalho, a OSPB foi incluída entre as melhores orquestras sinfônicas do país.

Toda essa história de dificuldades e conquistas será relembrada no Painel Funesc. “Essa é uma excelente iniciativa da OSPB”, disse o professor Carlos Rieiro. “Sempre digo que a história deve ser contada por aquele que a vivenciou. Com Gustavo tivemos a honra de participar ativamente da história da nova Orquestra Sinfônica da Paraíba e teremos a maior honra e felicidade de contar para todos como surgiu essa orquestra que chegou a ser a melhor do país”, completou.

O professor Gustavo de Paco de Gea também destacou a importância dessa ideia de contar a história da orquestra paraibana. “A iniciativa de fazer essa live, que destaca o início da história mais moderna da Orquestra Sinfônica da Paraíba e da minha trajetória musical, me causa muita satisfação”. Ele considera esse convite como mais uma homenagem ao seu trabalho com a música no estado.

“Em 2018 houve uma homenagem muito bonita dos meus alunos da universidade, pelos 40 anos como professor. No ano passado, recebi outra homenagem pelos 40 anos da criação do Departamento de Música da UFPB, que nós também participamos. Uma homenagem grande pra mim por ser o único professor daquela primeira turma de professores que ainda está em atividade. Agora vem essa live da Orquestra Sinfônica, que é uma homenagem também pra nós que começamos com muita emoção aqueles dias”, contou.

“Esta live agora é especial, porque nós temos muito carinho pela orquestra”, continuou. “Eu, no meu caso, nunca me senti fora da orquestra. Nós tivemos que sair em 2012, mas tentei continuar em contato, fazendo concertos, tocando, ajudando naipe, porque é coisa da gente, uma criação nossa. Eu considerava que não era justo eu ficar de fora de uma entidade que eu tinha recebido tanta satisfação em tomar parte da criação dela. No ano passado, eu fiz questão de tocar com a orquestra, um concerto popular na igreja, que me deu uma satisfação enorme”, finalizou.

O maestro Durier ressaltou também a satisfação em fazer a mediação nessa live do Painel Funesc sobre a orquestra sinfônica paraibana, suas personagens e as pessoas que colaboraram para que ela exista e continue existindo. “É um grande desafio e uma grande novidade fazer um trabalho diferente do que eu costumo fazer que é reger a orquestra. Dessa vez nós vamos estar debatendo, relembrando e enaltecendo a trajetória da Orquestra Sinfônica da Paraíba. Vai ser uma grande surpresa pra todos nós”, comemorou.



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