Macaca passa dois dias velando corpo de bebê que morreu em zoológico

Funcionários de um zoológico na Alemanha registraram o momento em que uma macaca vela o corpo de um filhote que morreu pouco tempo após nascer. Segundo a equipe responsável pelo cuidado da mãe, de nome Traceuse, ela passou dois dias velando o corpo do bebê até deixar que ele fosse levado pelos funcionários.

Traceuse, da espécie Drill (Mandrillus leucophaeus), parente dos babuínos, mora em cativeiro no Zoológico Grüner, na cidade de Wuppertal, desde 2017. Ela tem oito anos e deu à luz ao bebê no dia 4 de novembro. Biólogos notaram a presença do corpo, mas não interferiram no comportamento da mãe, considerado natural para a espécie.

“Esse é um comportamento natural, que também pode ser observado em macacos que estão livres na natureza. É dessa forma que a mãe e os outros membros do grupo se despedem dos filhotes mortos”, afirmou um comunicado do zoológico. Segundo o estabelecimento, Traceuse “descartou” o corpo do filho após dois dias o velando. Nesse momento, outra fêmea do bando cuidou do filhote por algumas horas e, em sequência, o corpo do bebê foi levado do local.

A causa da morte do filhote não foi revelada pelo zoológico até o momento. Os Drills são considerados macacos em perigo de extinção. A gestação das fêmeas da espécie dura cerca de seis meses e, quando adultos, os animais podem chegar aos 18 quilos e 70 centímetros.

De acordo com a Agência de Notícias de Direitos Animais (Anda), esses animais chegaram à beira da extinção pela ação humana. “Zoológico não são lugares adequados para preservação. Lá eles são expostos para entretenimento, correndo sérios riscos desde vírus e doenças transmitidas por humanos ou por outras espécies, estresse, medo e diversos outros perigos externos que podem afetá-los, como guerras e catástrofes naturais. Esses macacos deveriam, no mínimo, irem para santuários especiais, onde teriam uma vida semelhante ao que teriam se estivessem livres e longe de riscos”, diz uma nota da agência.