Gervásio Maia vê operação da PF como comprovação de tentativa de golpe de Bolsonaro no 8 de janeiro

Publicado em: 08/02/2024 às 14:45
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Gervásio Maia comentou sobre a Operação Tempus Veritatis, na qual as apurações apontam que o grupo investigado se dividiu em núcleos de atuação para disseminar a ocorrência de fraude nas eleições.

Gervásio Maia, deputado paraibano líder do PSB na Câmara Federal, vê a operação desencadeada pela Polícia Federal, nesta quarta-feira (08), em âmbito nacional como a comprovação da tentativa de golpe do ex-presidente Jair Bolsonaro, no ato de 8 de janeiro, em 2023. Durante entrevista ao programa Arapuan Verdade, Gervásio disse que a tentativa de golpe vinha sendo articulada desde o governo Bolsonaro.

“Operação é para dar continuidade nas investigações do lamentável episódio que deixou marcas e cicatrizes no 8 de janeiro. O país viveu, naquele instante, uma tentativa de golpe, coisa que já vinha sendo trabalhado pelo bolsonarismo, por integrantes da cúpula bolsonarista, durante todo mandato, com ataques aos Poderes, a democracia, ao processo eleitoral, como forma de t airar instabilidade e colocar dúvidas no nosso sistema eleitoral”, falou na entrevista acompanhada pelo ClickPB.

A PF deflagrou a operação para apurar organização criminosa que atuou na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito, a fim de obter vantagem de natureza política com a manutenção do então presidente da República no poder.

A Polícia Federal vem cumprindo 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas da prisão, expedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), nos estados do Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás e no Distrito Federal.

Gervásio Maia trata da Operação Veritatis

Gervásio Maia comentou sobre a Operação Tempus Veritatis, na qual as apurações apontam que o grupo investigado se dividiu em núcleos de atuação para disseminar a ocorrência de fraude nas eleições presidenciais de 2022, antes mesmo da realização do pleito, de modo a viabilizar e legitimar uma intervenção militar, em dinâmica de milícia digital.

O primeiro eixo consistiu na construção e propagação da versão de fraude nas eleições de 2022, por meio da disseminação falaciosa de vulnerabilidades do sistema eletrônico de votação, discurso reiterado pelos investigados desde 2019 e que persistiu mesmo após os resultados do segundo turno do pleito em 2022.

O segundo eixo de atuação consistiu na prática de atos para subsidiar a abolição do Estado Democrático de Direito, através de um golpe de Estado, com apoio de militares com conhecimentos e táticas de forças especiais no ambiente politicamente sensível.

O Exército Brasileiro acompanha o cumprimento de alguns mandados, em apoio à Polícia Federal.



Fonte: espaçopb@gmail.com com ClickPB - Por Nice Almeida

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