Federação Paraibana de Futebol envia protocolo e aguarda liberação para a volta do campeonato

A Federação Paraibana de Futebol (FPF) deu mais um passo importante na tentativa de retomar o futebol no estado. Na quinta-feira (11), a entidade enviou ao governo do estado, à Secretaria de Estado da Saúde (SES) e à Secretaria de Esportes documentos que solicitam a volta dos treinos e, posteriormente, dos jogos do Campeonato Paraibano.

Foram três os documentos enviados pela FPF a essas entidades: o protocolo de segurança, que se baseia em orientações da CBF, mas que teve intervenções da Federação, com o auxílio dos médicos dos clubes; um Plano de Ação para a retomada das atividades; e um requerimento para que a prática do futebol seja restabelecida na Paraíba. O governador João Azevêdo (Cidadania), o secretário de Saúde, Geraldo Medeiros, e o Secretário de Esportes, Hervázio Bezerra, são os destinatários desses documentos.

“Foi enviado o protocolo, junto com Plano de Ação e um requerimento, para o governador, o secretário de Saúde e o secretário de Esportes, pedindo a volta do futebol”, confirmou o diretor executivo da FPF, Otamar Almeida (na foto).

O protocolo de segurança para a retomada das atividades - que, até então, não teve sua versão final divulgada -, prevê testagem máxima dos envolvidos, uso obrigatório de máscaras (exceto para os jogadores durante a partida) e disponibilização abundante de álcool em gel durante as atividades. Pelo menos essas são as premissas que estão na primeira versão do documento. A FPF, por sua vez, já declarou que o protocolo sofreu algumas alterações desde a sua apresentação à imprensa.

Inicialmente, a FPF e alguns clubes projetam a retomada dos treinos para a próxima segunda-feira (15), com o complemento do Campeonato Paraibano sendo realizado entre 5 e 26 de julho. Essa projeção, contudo, depende da autorização dos órgãos competentes para ser posta em prática.

Apesar da intenção da FPF, o protocolo de retomada não foi bem visto por alguns dos clubes que participam do Paraibano. É que, pelo menos na primeira versão do documento, não estava claro quem seria o responsável por arcar com os custos dos exames da covid-19. Diante dessa situação, CSP, Nacional de Patos, São Paulo Crystal, Sousa e Sport se manifestaram contra o custeamento dos testes, alegando falta de recursos.

A Federação, por sua vez, argumenta que uma postergação no retorno às atividades pode prejudicar os times que representam o estado nas Séries C e D do Campeonato Brasileiro. É que em outros estados alguns times já retornaram aos treinos, o que colocaria as equipes da Paraíba em situação de desvantagem esportiva.