O interior da Paraíba guarda um dos maiores tesouros arqueológicos do mundo. É a Pedra do Ingá, a 100 quilômetros de João Pessoa, que foi reconhecida pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como Patrimônio Nacional, em 1944. Segundo especialistas, a Pedra do Ingá é o melhor exemplo – uma espécie de obra-prima – do que é uma itacoatiara, palavra em tupi que significa algo como “pedra riscada”.
Organizado pelo site de viagens 360meridianos.com, o projeto ‘Origens BR’, uma expedição que percorre mais de uma centena de sítios arqueológicos no Brasil, veio para contar essa história. A Paraíba foi a mais recente parada do projeto, que aproveitou a passagem pela Pedra do Ingá para visitar também itacoatiaras na região de Campina Grande. Antes disso, a expedição passou por Minas Gerais, Piauí, Bahia, Pernambuco e Acre.
“A Pedra do Ingá é impressionante, são quase 400 gravuras feitas na rocha, algo que está ali há milhares de anos. É uma parte importante da história dos povos que viveram aqui e que deveria ser mais conhecida pelo viajante brasileiro”, diz o jornalista Rafael Sette Câmara, idealizador do projeto. Ele ainda destaca a curiosidade que as gravuras geram nas pessoas, que tentam interpretar os desenhos: “Todo esse mistério torna o local ainda mais especial e importante para desvendar o passado do que hoje é o território brasileiro”, completa o jornalista.
Em todos os sítios arqueológicos visitados, a equipe do ‘Origens BR’ faz fotografias e vídeos por terra e pelo ar, usando um drone. O material coletado, incluindo entrevistas com os principais especialistas brasileiros sobre o tema, faz parte de uma série de reportagens no site 360meridianos.com e vai compor um projeto de minidocumentário e um livro.
O primeiro texto já está no ar e conta a história da Pedra do Ingá e os mistérios gravados na rocha há milhares anos. Já o vídeo produzido na Paraíba vai estrear no YouTube em breve.
Encontrar rastros de civilizações perdidas no meio da selva brasileira foi a obsessão de incontáveis aventureiros. E embora não existam, no Brasil, ruínas de grandes cidades de pedra no estilo da peruana Machu Picchu, os primeiros cronistas portugueses relataram encontros com grandes nações indígenas. Maurício Heriarte, europeu que passou pelo atual estado do Pará, em 1662, escreveu que apenas um dos povos da região era capaz de reunir “60 mil arcos quando manda dar guerra”. Já Bento da Costa, que navegou pelo Rio Amazonas na mesma época, destacou a quantidade de moradores de outra forma: “Se do ar deixassem cair uma agulha, há de dar em cabeça de índio e não no solo”.
As marcas deixadas por muitos desses povos ainda existem, sejam em pinturas rupestres, sejam em esculturas ou cerâmicas, mas permanecem pouco conhecidas no país. Com meio milhão de leitores por mês, o site de viagens 360meridianos criou o ‘Origens BR’ justamente para contar essas histórias.
Antes de passar pela Paraíba, o 360meridianos.com esteve na Serra da Capivara, no Piauí, que concentra a maior quantidade de sítios arqueológicos do país; em Minas investigando o passado milenar da Grande BH e os segredos de Luzia; depois no Acre, para desvendar os mistérios dos geoglifos da região amazônica; e no Vale do Catimbau, em Pernambuco, o segundo maior parque arqueológico do Brasil. As próximas paradas serão em sítios arqueológicos no Pará e no Amapá.
O ‘Origens BR’ conta com o patrocínio da Seguros Promo e da Passagens Promo. Mais informações com Fernanda Pádua, pelo telefone (31) 98749-2744.
Fonte: Espaço PB com assessoria – Redação: contato@espacopb.com.br
Comentários: