Escritor e teatrólogo paraibano vence prêmio nacional de dramaturgia

Publicado em: 10/12/2021 às 16:20 - Atualizado em: 10/12/2021 às 16:24
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O escritor, jornalista e teatrólogo paraibano Tarcísio Pereira conquista o primeiro lugar do ‘Prêmio Funarte de Dramaturgia – 200 Anos de Artes no Brasil’. O concurso, lançado em setembro deste ano pela Fundação Nacional de Arte (Funarte), destinou R$ 800 mil a serem distribuídos com 30 autores brasileiros de teatro, sendo 15 para peças adultas e 15 para a infância e juventude. Clique aqui para conferir os vencedores.

Entre os 178 inscritos que participaram do concurso, Tarcísio Pereira ficou em primeiro lugar pelo Nordeste e foi também o segundo pelo Brasil, obtendo a segunda colocação por um ponto de diferença.

Tarcísio Pereira, atual secretário da Cultura da Prefeitura de Guarabira (PMG), é autor de vários livros e de peças teatrais já bastante conhecidas. “Só posso estar extremamente feliz com a notícia de que fiquei em primeiro lugar neste prêmio nacional de dramaturgia”, comemora Tarcísio, ressaltando: “É até agora o maior prêmio da minha vida”.

Para o concurso, foram destinados prêmios em valores distintos para os três primeiros lugares de cada uma das cinco regiões brasileiras. Tarcísio Pereira ficou em primeiro lugar pelo Nordeste, na categoria Teatro Adulto. Já o segundo e terceiro lugares foram para Ceará e Bahia, respectivamente. Além da premiação em dinheiro, as peças serão publicadas pela Funarte como parte das comemorações do bicentenário da Independência do Brasil, em 2022.

O tema do concurso foram as artes brasileiras ao longo dos últimos 200 anos e Tarcísio Pereira foi contemplado com a peça intitulada ‘Pedro Boi’. “É um conflito entre o pintor Pedro Américo e um personagem de minha criação, o carroceiro que puxa uma junta de bois com vários troncos de madeira, e que observa o ato da Independência no momento da proclamação por Dom Pedro I”, explica Tarcísio acerca do enredo da obra.

A peça acontece na cidade de Florença, na Itália, onde Pedro Américo pintou o quadro ‘Independência ou Morte’, também conhecido como ‘O Grito do Ipiranga’, no ano de 1888. “Imaginei o momento em que Pedro Américo teria terminado a obra encomendada pelo imperador, e tinha pressa de fazer a entrega, já que o Brasil estava no limiar da República e da abolição da escravatura”, diz Tarcísio.

“Acontece que, no momento da peça, a figura do puxador de bois ainda não está pintada, e o criador sente a necessidade de mais alguma coisa. É quando surge a figura de Pedro Boi que vem discutir com o próprio artista e reivindicar a sua inclusão no retrato, sob a justificativa de que falta um representante do povo na composição da cena”, explica o teatrólogo, que acrescenta: “Pedro Boi é uma peleja entre criador e criatura na conclusão do quadro que representa a proclamação da Independência”.



Fonte: Espaço PB – Jorge Rezende – Foto: Reprodução – Contato: jorgerezende.imprensa@gmail.com

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