Dólar está mais próximo de alcançar R$ 6,00 do que recuar para R$ 5,00, afirma especialista

Publicado em: 29/04/2020 às 10:56
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Após o pedido de demissão do ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, o dólar escalou abruptamente e renovou seu recorde histórico, chegando a ser cotado a R$ 5,74 em valor nominal, isto é, sem reduzir os efeitos da inflação. Com isso, a moeda norte-americana já acumulou alta de 8,25% e 41,25% no ano.

Desde o início da proliferação do novo coronavírus (covid-19), o mercado financeiro vem enfrentando grandes turbulências. Com aversão da disseminação do vírus, comércios, escolas e universidades suspenderam suas atividades presenciais, e consequentemente, o dólar alavancou em patamares bem maiores do que se encontrava no início do ano de 2020.

Na semana passada, leilões de até 10 mil contratos de swap tradicional foram realizados pelo Banco Central, apresentando vencimento em setembro de 2020 e janeiro de 2021, este ato tem como finalidade a contenção de volatilidade. Além disso, o Banco Central (BC) realizou um swap cambial e outro de linha, ofertando US$ 3 bilhões.

Jefferson Laatus, estrategista-chefe do Grupo Laatus, diz que o BC não irá realizar grandes intervenções no dólar daqui para frente, pois a moeda norte-americana valorizada é vantajosa para os exportadores. “O cenário atual favorece um dólar mais valorizado, e vai ser possível ver que o governo e o Banco Central, em teoria, não vão intervir muito nisso, justamente porque é bom para os exportadores, e vale lembrar que agora é safra, então vamos exportar bastante. Já chance para chegar a R$ 6,00 tem, está muito próximo de chegar a R$ 6,00 do que voltar a R$ 5,00, ainda mais com a expectativa com corte de juros. E se o cenário econômico perdurar, até julho poderá chegar a R$ 6,00”, avalia.

Por outro lado, Fernando Bergallo, diretor de Câmbio da FB Capital, afirma que a economia está sensibilizada e o dólar alto não é benéfico para ninguém em nenhum aspecto, sendo assim, se tornando um maleficio até mesmo para os exportadores. “O dólar alto da forma como está acaba sendo ruim até para exportadores. A economia está toda desbalanceada por conta da pandemia, não é só dólar, o petróleo, bolsa de valores, tudo”, afirma.



Fonte: Espaço PB com assessoria – Redação: contato@espacopb.com.br

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