“Casamento” inusitado de araras de espécies diferentes é registrado no Parque Zoobotânico de João Pessoa

Publicado em: 05/12/2021 às 22:59
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Carcarás, gaviões, águias, papagaios, araras, corujas, jandaias e outras tantas aves podem ser vistas no Parque Zoobotânico Arruda Câmara, popularmente conhecido como Bica, em João Pessoa, que conta com cerca de 400 animais de espécies nativas e exóticas. Em relação às aves (atualmente são 113, algumas nascidas no próprio local), uma situação curiosa tem chamado a atenção dos visitantes: o “casamento” de duas araras de espécies diferentes.

Segundo a bióloga Helze Lins, a convivência de aves diferentes no mesmo recinto pode levar a situações inusitadas. “A arara é um animal monogâmico, tem apenas um parceiro para toda vida. Aqui nós temos um casal de espécies diferentes, uma arara azul e uma vermelha, que se uniram e passam o tempo juntas e se protegem”, conta a bióloga.

Helze Lins ressalta que o parque tem aves de diversas famílias e espécies. Além do caso curioso das araras, um dos destaques do local é a bateria de aves de rapina, que conta com duas espécies de coruja (Murucututu e Orelhuda), seis espécies de gavião (Carijó, Asa de Telha, Caboclo, Caranguejeiro e Curucuturi), Carcará e um casal de águias chilenas, as mais antigas do parque.

“No recinto das aves, que por ser comunitário, várias famílias convivem tranquilamente. Esse espaço foi feito para que os visitantes passem por dentro e vejam mais de perto. Mas no momento está fechado, pois as aves ficam agressivas na época de reprodução, e precisamos garantir a segurança delas e das pessoas”, afirma a bióloga.

Nesse espaço convivem papagaios (verdadeiro e do mangue), jacucacas, maracanãs, jandaias, um tucano, sabiás, galos de campina, chupin, entre outros pássaros, com destaque para as araras de espécies diferentes. Algumas dessas aves ainda estão em vulnerabilidade, ou seja, correm risco de extinção, como a arara azul – a maior espécie que existe – e a jacucaca, que se reproduz bem em cativeiro.

Além das aves do recinto e das aves de rapina, o Parque Arruda Câmara abriga também aves aquáticas, como o pato real, ganso africano e marrecas (Toucinho, Irerê e Asa de Seda), da família dos anatídeos. Essas aves ficam em espaço aberto, no lago junto à Fonte Tambiá.

Os gaviões e outras aves de rapina, que são carnívoros, comem carne e frango apenas pela manhã. Já as aves do outro recinto comem duas vezes ao dia, ração pela manhã e frutas à tarde, enquanto os patos, marrecas e gansos comem ração de crescimento e xerém (milho triturado que também é conhecido no sul do país como canjiquinha) pela manhã e frutas no período da tarde.

O Parque Arruda Câmara só fica com animais que não conseguem mais viver livremente na natureza. Geralmente são apreendidos pela Polícia Ambiental e pelo Ibama. “Nós não recebemos nenhum animal de terceiros. Então, quem quiser doar uma ave ou qualquer outro animal deve entregar ao Ibama, órgão responsável pela destinação”, esclarece Helze Lins.

O Parque Zoobotânico Arruda Câmara fica localizado à Avenida Gouveia Nóbrega, s/n, no Bairro do Róger. Funciona de terça-feira a domingo, das 8h às 12h (a entrada é até as 11h) e das 13h às 17h, com entrada até as 16h. O valor do ingresso é R$ 2,00. Pessoas acima de 65 anos e crianças até sete anos não pagam. O telefone para contato é o (83) 3218-9710.



Fonte: Espaço PB com Secom-PMJP (Juneldo Moraes) – Foto: Divulgação – Contato: jorgerezende.imprensa@gmail.com

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