Cantora Vanusa morre aos 73 anos em casa de repouso em Santos

Publicado em: 08/11/2020 às 08:30
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A cantora Vanusa morreu na manhã deste domingo (8) em uma casa de repouso em Santos, no litoral de São Paulo, onde estava morando há mais de 2 anos. Segundo as primeiras informações, a causa da morte teria sido insuficiência respiratória. Um enfermeiro percebeu que, por volta das 5h30, ela estava sem batimentos cardíacos. Uma equipe da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) foi acionada e constatou insuficiência respiratória como a causa da morte.

Em setembro e outubro, Vanusa esteve internada no Complexo Hospitalar dos Estivadores, em Santos, por causa de um quadro grave de pneumonia. Segundo funcionários da casa de repouso, no sábado (7), Vanusa recebeu a visita de Amanda, a filha mais velha. Ela cantou, brincou, riu e se alimentou bem.

Segundo a assessoria de imprensa da cantora, o filho Rafael Vannucci está viajando para São Paulo para tratar dos trâmites do enterro e mais informações serão repassadas no final do dia.

Vanusa Santos Flores nasceu em 22 de setembro de 1947 na cidade de Cruzeiro (SP), mas foi criada em Uberaba (MG). Com mais de 20 discos lançados ao longo da carreira, e mais de três milhões de cópias vendidas, a cantora e compositora era mais identificada com a canção popular do que com a MPB, mas flutuou entre gêneros como rock, funk norte-americano e samba.

Aos 16 anos, cantava com o grupo Golden Lions. Em 1966, fez sucesso com a canção ‘Pra nunca mais chorar’ e passou a se apresentar na TV Excelsior. Na mesma época, participou das últimas edições do programa da Jovem Guarda. Pouco depois, se juntou ao elenco do programa humorístico ‘Adoráveis Trapalhões’, com Renato Aragão.

Nos anos de 1970, emendou sucessos como ‘Manhãs de setembro’, que escreveu em parceria com seu parceiro frequente Mário Campanha, e baladas como ‘Sonhos de um palhaço’, de Antônio Marcos e Sérgio Sá, e ‘Paralelas’, de Belchior.

Em 1972, se casou com Antônio Marcos. O cantor participou diretamente da carreira de Vanusa com outras músicas, como ‘Coração americano’, escrita com Fagner. A música faz parte de um dos melhores discos da cantora, ‘Amigos novos e antigos’, lançado em 1975. Na mesma década, ainda esteve no elenco de montagem do musical ‘Hair’. Em 1977, lançou com o cantor Ronnie Von o LP ‘Cinderela 77’, trilha sonora da novela com o mesmo nome da TV Tupi.

Nas décadas seguintes, manteve a carreira ativa com o lançamento de discos e participações em diversos festivais de música no país e no exterior, como Uruguai, Coreia do Sul e Chile. Contou sua vida na autobiografia ‘Ninguém é mulher impunemente’ e no monólogo musical ‘Ninguém é loura por acaso’, que estreou no teatro em 1999, em São Paulo. Em 2005, participou ainda de eventos e shows comemorativos dos 40 anos da Jovem Guarda.



Fonte: Espaço PB com G1 – Foto: Gabriela Biló – contato@espacopb.com.br

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