Obituário: radialista, ator norte-americano, comediante mexicano, colunista social, piloto de avião...

# 26/8/2020 – Piloto de avião Fernando Murilo de Lima e Silva, aos 76 anos, após complicações cardíacas e diabetes. Ele foi o comandante do voo da Vasp de 1988 que foi sequestrado a caminho de Brasília. Ele conseguiu desviar a rota para pousar em Goiânia e evitar um atentado contra o Palácio do Planalto. Morreu em Armação dos Búzios (RJ), onde morava. Ele foi sepultado no mesmo dia, na mesma cidade. Atuou como piloto até os 60 anos. Ele deixa esposa e dois filhos. O comandante ficou conhecido nacionalmente após o incidente de 29 de setembro de 1988. O voo 375 da Vasp levava135 passageiros e oito tripulantes. O avião saiu de Belo Horizonte com destino ao Rio de Janeiro, mas foi sequestrado no meio do caminho. O sequestrador, Raimundo Nonato, pretendia jogar a aeronave sobre o Palácio do Planalto. Um copiloto, que viajava como passageiro, foi ferido quando tentou impedir a entrada de Raimundo na cabine. Após anunciado o sequestro, Fernando Murilo conseguiu colocar no transponder o código de alerta internacional. Em seguida, a torre de controle de Brasília chamou a cabine para confirmar se era verdade. O copiloto Salvador Evangelista levou um tiro no momento em que pegava o rádio para dar o retorno e morreu. O sequestrador havia perdido o emprego em uma construtora devido à crise econômica que o país enfrentava e acreditava que a culpa era do presidente, na época José Sarney (PMDB – hoje MDB), que governou o país entre 1985 e 1990. Na ação, o sequestrador exigiu que o avião se dirigisse a Brasília. Como o combustível da aeronave estava acabando devido à mudança de rota, o comandante conseguiu convencer o sequestrador a pousar o Boeing em Goiânia. Ao pousar em Goiânia, o avião foi cercado pela Polícia Federal, onde o sequestrador decidiu seguir para Brasília em uma aeronave de menor porte, levando o comandante como refém. O sequestrador tentou subir em um Bandeirante [um modelo de avião] e, nessa hora, o comandante correu, mas foi baleado na perna. Nesse momento, um agente da PF atirou e acertou Raimundo no quadril. Raimundo foi socorrido, levado a um hospital, mas morreu três dias depois.

# 27/8/2020 – Radialista e empresário Alfredo Raymundo Filho (na foto), de 87 anos, vítima de um infarto agudo do miocárdio. Alfredo estava internado na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Complexo Hospitalar de Niterói desde o dia 3 de agosto. Raymundo Filho contava com mais de 50 anos em atuação no rádio brasileiro, sendo vice-presidente da Abert (2006-2008), além de ser diretor-gerente do grupo Diários Associados. Começou a carreira no rádio como repórter esportivo em 1954, na Rádio Difusora AM 1320, de Petrópolis. Em setembro de 1959, foi contratado pela extinta Rádio Globo AM, do Rio de Janeiro (atual Rádio Globo FM 98.1 do Rio de Janeiro), onde permaneceu até 1963. Ganhou uma medalha de ouro, em 1962, como melhor repórter esportivo do então Estado da Guanabara, numa eleição promovida pela Revista do Rádio. Foi premiado pelo governador Carlos Lacerda. Integrou a equipe da Rádio Guanabara, Rádio Imperial de Petrópolis, Rádio Tiradentes (extinta Rádio Globo AM de Belo Horizonte), Rádio Farroupilha AM 680, de Porto Alegre, entre muitas outras, inclusive atuando no setor administrativo. Nos anos de 1970, implantou e lançou a Rádio Tupi FM, que tinha programação exclusivamente federal. Raymundo Filho ocupou a diretoria do Grupo Tupi até 2016.

# 27/8/2020 – Lucas Casaes, ex-líder da pirâmide financeira DD Corporation, aos 25 anos, devido a problemas cardíacos agravados pela covid-19. Ficou conhecido no setor de marketing multinível, mas também se envolveu em negócios duvidosos, como a empresa DD comandada por Leonardo Araújo e antiga ‘Dreams Digger’, que causou prejuízo a milhares de pessoas. No instagram, Lucas Casaes se apresentava como “empreendedor” e “nômade”. Seu perfil tem 150 mil seguidores. No YouTube, uma conta criada em 2016 não possui nenhum vídeo. No Facebook, se apresentava como “presidente na empresa Network Marketing”.

# 28/8/2020 – José Carlos Vidal, ex-prefeito da cidade de Gurjão, no Cariri paraibano. Exerceu o mandato como prefeito de 2001 a 2008. Lutava contra um câncer raro. Morreu em sua residência, na capital paraibana.

# 28/8/2020 – Chadwick Boseman, conhecido por interpretar o rei T’Challa, protagonista do filme ‘Pantera Negra’, aos 42 anos, vítima de um câncer de cólon. Ele morreu em sua casa ao lado de sua mulher e amigos. Nascido na Carolina do Sul, nos Estados Unidos, o ator sempre se interessou por teatro e escreveu sua primeira peça ainda no colégio. Ele se formou na Howard University, com bacharelado em Artes. Começou a carreira em 2003 na série de tevê ‘Parceiros da Vida’, e passou a participar de diversos programas conhecidos, como ‘Lei & Ordem’, ‘CSI’ e ‘Arquivo Morto’. No cinema, brilhou como o cantor James Brown na cinebiografia ‘Get on Up’ e em filmes como ‘Marshall: Igualdade e Justiça’ e ‘King: Uma História de Vingança’. Sua estreia no universo Marvel foi em ‘Capitão América: Guerra Civil’, de 2016, quando deu vida a T'Challa pela primeira vez antes de, em 2018, protagonizar o longa sobre o herói ‘Pantera Negra’. O filme marcou a história por ter sido o primeiro protagonista negro da Marvel, além de ter virado símbolo de justiça e luta para toda a comunidade negra dos Estados Unidos e do mundo.

# 28/8/2020 – Manuel Valdés Castillo, conhecido como “El Loco”, aos 89 anos. O comediante era irmão de Ramón Valdés, famoso Seu Madruga de ‘Chaves’. O artista participou de muitas comédias ao longo de sua carreira e chegou a ter o seu próprio show, ‘El Show Del Loco Valdés’. Também integrou famosos programas como o infantil ‘Vila Sésamo’. Ele também era irmão de Germán Valdés, conhecido como “Tin Tan”, outro comediante mexicano que traçou uma longa carreira no cinema nacional. De acordo com o jornal mexicano El Universal, o comediante estava havia alguns meses com problemas de saúde em decorrência de um câncer de pele, de cérebro e de água nos pulmões. Manuel deixa 12 filhos, entre eles o ator Marcos Valdés e os cantores Cristian Castro e Pedro Valdés.

# 28/8/2020 – Colunista social e um dos fundadores da Academia Joinvilense de Letras (AJL), João Carlos Vieira. Foi colunista por mais de 40 anos no jornal A Notícia, sendo presença obrigatória em eventos sociais da região de Joinville (SC). Causa da morte não foi divulgada. Natural de Florianópolis, Vieira viveu a maior parte de sua vida em Joinville.

# 28/8/2020 – Jornalista Delma Santana. Ela havia sofrido um acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico e estava internada no Hospital Cirurgia, em Aracaju (SE). Trabalhou na Gazeta de Sergipe, Jornal da Cidade, Jornal da Manhã e Correio de Sergipe. Ela também atuou como mestre de cerimônia. Deixa dois filhos.

# 29/8/2020 – Aos 53 anos, ex-ala pivô da NBA Cliff Robinson. A causa da morte não foi divulgada. Robinson foi selecionado pelo Portland Trail Blazers no draft de 1989. Por lá, destacou-se por sua versatilidade em quadra e foi eleito ao All-Star Game de 1994 e Sexto Homem do Ano em 1993. Em 1997, se transferiu para o Phoenix Suns, onde permaneceu por quatro temporadas. Também jogou por Detroit Pistons, Golden State Warriors e New Jersey Nets, onde se aposentou, em 2007, aos 41 anos. Em sua homenagem, o time de basquete da Universidade de Connecticut (UConn Huskies) aposentou o número 00, no ano de sua aposentadoria. Em 2017, Robinson sofreu um acidente vascular cerebral que o deixou com algumas sequelas nos movimentos do lado esquerdo do corpo.

# 29/8/2020 – De causas naturais, aos 91 anos, morreu o jornalista Levi Mulford Chrestenzen, ícone na cobertura do futebol amador de Curitiba (PR), em especial, a famosa Suburbana. Dono de um dos maiores acervos sobre o futebol no estado, composto por livros, jornais e anotações que ele próprio fazia, Levi Mulford escrevia para o jornal Tribuna do Paraná desde a primeira edição do jornal, que foi publicada no dia 17 outubro de 1956. Apaixonado pela Suburbana e autor de livros sobre o esporte no estado seguiu em atividade até dezembro de 2019, quando se aposentou da rotina do jornal, após 63 anos de contribuição ao impresso.