Jornalista, radialista e ex-militante do PCdoB morre aos 69 anos na Paraíba

Publicado em: 31/07/2020 às 13:45
Foto

O jornalista e radialista paraibano José Arnaldo Silva, mais conhecido como Arnaldo da Clipsi, morreu nesta sexta-feira (31) em Campina Grande. Aos 69 anos, ele lutava contra um câncer há mais de um ano. Seu velório está acontece na Capela do Cemitério Campo Santo Parque da Paz, local onde será sepultado às 16h.

Arnaldo também foi militante do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) na Paraíba no período da ditadura militar. Na época da clandestinidade, ele dirigia em Campina Grande o Organismo de Base da Universidade Regional do Nordeste (Urne) – hoje Universidade Estadual da Paraíba (UEPB).

Em nota conjunta, a Associação Paraibana de Imprensa (API) e o Sindicato dos Radialistas da Paraíba lamentaram a morte de Arnaldo. “Uma perda irreparável, de um companheiro de grande expressão para todos nós, especialmente para a imprensa de Campina Grande”, destaca a nota.

O comunicado oficial ainda destaca: “Exemplo de pai, chefe de família, amigo, e profissional exemplar, Arnaldo deixa seu legado como profissional respeitado por todos que tiveram a honra de acompanhar seu admirável trabalho por onde passou, a exemplo da assessoria executiva da Clipsi, e no rádio, na apresentação do programa ‘Saúde para Todos’, pela Campina Grande FM, e recentemente na TV Empreender On line, voltada para assuntos do empreendedorismo”.

A nota conclui prestando condolências e solidariedade aos familiares e amigos do radialista. “Aos familiares recebam nesta hora difícil o abraço de afeto e respeito de todos os seus amigos e companheiros da imprensa campinense”.

“Partiu Arnaldo Silva depois de uma aguerrida luta contra o câncer”, registrou em suas redes sociais o também jornalista e historiador Waldir Porfírio, integrante do PCdoB paraibano. “Arnaldo da Clips,  como ficou conhecido por ter administrado aquele hospital de Campina Grande, foi meu companheiro de movimento estudantil na antiga Urne. Em 1983, como presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE), liderou a histórica greve de 26 dias dos estudantes pela democratização daquela universidade”, lembrou Waldir Porfírio.

“O resultado foi a conquista dos estudantes pelo direito de votar, pela primeira vez, para os cargos de coordenadores de cursos, chefes de departamentos e diretores de Centro”, registra Porfírio, acrescentando: “Os estudantes pobres, como eu, quando precisava de um médico, Arnaldo sempre conseguia encaixar nas consultas dos médicos da Clips... Fica o seu legado, a gratidão e a saudade do amigo”.



Fonte: Espaço PB – Jorge Rezende – Foto: Divulgação – contato@espacopb.com.br

Comentários: